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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Óleos Vegetais

Por Marina Lito

O Ayurveda recomenda a utilização de óleos de sementes vegetais para a pele como uma forma de nutrição do corpo e equilíbrio da mente. Sua aplicação no corpo deve ser um hábito regular de saúde. Automassagem é uma prática simples que garante a saúde e beleza da pele, além de ser extremamente terapêutica

Vamos compartilhar a propriedade de cada óleo vegetal para que você possa escolher o ideal para você!

Cuidados na hora de comprar

  • Muitos dos óleos de massagem vendidos possuem óleos minerais que não são absorvidos pela pele, formando uma camada que fecha os poros, evitando a respiração da mesma. Verifique a composição antes de comprar o seu.

  • Os óleos vegetais devem ser prensados a frio para manterem as propriedades medicinais da planta! 
  • Escolha o óleo mais adequado para você! Segundo o Ayurveda, isso depende do seu biótipo (saiba mais AQUI). Com esse teste você pode descobrir o melhor óleo para te ajudar a voltar a um estado de equilíbrio.


Óleo de coco
Doce, refrescante, relativamente leve.
Indicado para (uso na pele): desequilíbrio pitta, por ter propriedades frias. Bom para queimaduras, inflamações, infecções por fungos, porque possui propriedades antissépticas.
O óleo de coco na culinária pode aumentar kapha! Deve ser então cozido com ervas que diminuem esse dosha, como a mostarda e o azeite!
Contraindicado: para desequilíbrio vata, por ser um óleo que esfria o corpo.

Óleo de mostarda
Amargo, picante, forte, morno.
Indicado para (uso na pele): doenças de kapha e vata aumentado, alivia a tensão e rigidez muscular, elimina toxinas, excelente para queda de cabelos.


Óleo de gergelim
É um óleo pesado, amargo, quente, adstringente, que agrava o pitta corporal.
Indicado para (uso na pele): doenças causadas por vata aumentado e kapha aumentado. Casos de inchaço, quadros de dor, alterações musculares, pele seca, envelhecimento precoce, promove a saúde das mamas e da pele, atua rejuvenescendo aumentando a virilidade e vitalidade.
Contraindicado: para desequilíbrio pitta, por ser um óleo quente.

Azeite de oliva
Levemente amargo, amornante.
Indicado para (uso na pele): kapha aumentado, utilizado em casos de reumatismo e artrite.
Misturas: podemos diminuir a sua viscosidade ao misturá-lo com óleo de gergelim, ou torná-lo menos quente ao adicionar óleos refrescantes como a rosa e o sândalo.

Óleo de amêndoa
Doce, pesado, quente.
Indicado para (uso na pele): desordens de kapha
Afirma-se no oriente que se este óleo for colocado no sol por 40 dias em um frasco de vidro cor de laranja, assume propriedades especiais, levando à alegria, dissolvendo ansiedades e purificando o sangue.

Outros óleos
Ghee: utilizado para massagem facial, pois elimina rugas. É excelente quando utilizado na comida para lubrificar as articulações.
Óleo de cravo: auxilia nos problemas dentários e nas micoses de unha.
Óleo de girassol: para pacificar pitta.
Óleo de sândalo: refrescante, auxilia na insônia e dores de cabeça.
Óleo de semente de uva: indicado para bronquite, reumatismo, alterações de pele.

Informações: Abra (Associação Brasileira de Ayurveda)

Marina é estudante e praticante de Yoga e Ayurveda há dois anos. Conheceu essas filosofias em uma viagem a Bali, onde "se encontrou" e resolveu fazer formação de Hatha Yoga e Vedanta na Índia. Hoje se dedica ao aprofundamento nos estudos e práticas.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Libere sua Respiração

Por Cacau Peres
Texto publicado no blog do YogaFlow Ciymam

Na semana passada entramos oficialmente na primavera. É uma estação ansiosamente aguardada por todos, devido ao seu clima mais ameno e seu colorido típico. Porém, junto com a beleza da estação, surgem também os problemas respiratórios comuns nessa época de transição de estações. Muitos sofrem com alergias, alguns ainda sentem as vias aéreas ressecadas por conta da baixa umidade do ar dos últimos meses e resfriados podem surgir.

Para minimizar o desconforto que sentimos nas narinas, seja pelo alto índice de poluição no ar, seja pela baixa umidade, ou mesmo por conta de algum problema como uma gripe, podemos lançar mão de um kriya bastante conhecido dentro do Yoga: o jala neti.

Os kriyas são técnicas de purificação das mucosas, e o jala neti é o kriya que usamos para limpeza das narinas. Os benefícios desta técnica são inúmeros. Podemos citar alguns: ajuda a remover muco e microrganismos infecciosos das cavidades nasais, reduz o tempo de duração de resfriados, diminui os sintomas de alergias, melhora a qualidade da respiração em casos de bronquites e asmas, umidifica as narinas diminuindo o desconforto do tempo seco, reduz os sintomas da sinusite, melhora o olfato, entre outros.

Para realizar a técnica, utilizamos um recipiente feito de cerâmica chamado lota, que se assemelha a uma molheira. Utilizamos água morna e sal, na proporção de uma colher de chá de sal para cada litro de água. A execução é simples: fique em pé, em frente a uma pia, incline o tronco à frente e gire a cabeça para a direita. Insira o bico do lota na narina direita e despeje a água suavemente até que ela comece a sair pela outra narina. Durante esse processo, respire pela boca. Quando tiver derramado toda a água, continue com o tronco inclinado, com o rosto voltado para baixo e assoe as narinas para que todo o resto de água possa sair. Feito isto, repita para o outro lado.

É possível realizar o jala neti todos os dias, sem problema algum. No entanto, se não tiver tempo o suficiente para tornar a prática uma rotina diária, tente incluir este kriya ao menos uma vez na semana. Sua respiração irá agradecer!


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Os tratamentos do Ayurveda

Por Mariana Mesquita

São quatro os principais métodos para tratar uma doença, do ponto de vista ayurvédico:
1 – Limpeza e desintoxicação
2 – Acalmamento
3 – Rejuvenescimento
4 – Higiene mental e cura espiritual

O papel da limpeza na medicina ayurvédica é libertar as toxinas presentes no estômago, no nariz, no intestino etc. As técnicas de purificação são:
– Vômito (vaman)
– Purgante (virechan)
– Enema (basti)
– Redução sanguínea (rakta moksha)
– Ducha nasal (nasya)

Juntas, estas técnicas se chamam pancha karma (cinco ações) e são frequentemente usadas para eliminar as toxinas em diferentes zonas do corpo. A medicina ayurvédica considera as toxinas (ama) como a raiz dos males e o resultado das comidas não assimiladas, indigestas e que tendem a fermentar no aparelho digestivo.

Na preparação pela limpeza, a medicina ayurvédica aconselha massagens com óleos de ervas geralmente em forma líquida, que se absorvem através da pele. Uma vez penetrado no sistema, o óleo essencial pode eliminar as toxinas, os vírus e bactérias, através dos clássicos canais de eliminação.

Também o ghee (manteiga clarificada) e o iogurte diluído são utilizados para normalizar a flora intestinal, sobretudo depois um processo de lavagem.

Shaman (acalmamento)
O passo sucessivo na terapêutica do Ayurveda é acalmar, o shaman, que se usa para equilibrar e pacificar os doshas do corpo.

Rasayana (rejuvenescimento)
O rasayana é usado para restituir a virilidade e a vitalidade ao sistema reprodutivo, equilibrando a esterilidade e a infertilidade, e melhorando a saúde dos filhos e os rendimentos sexuais.

Satvajaya (higiene mental e cura espiritual)
Satvajaya é um método para melhorar a mente e obter elevados níveis funcionais mentais e espirituais. É alcançado pela eliminação do estresse psicológico, emocional e o abatimento dos pensamentos negativos.


Massagens ayurvédicas
O tratamento ayurvédico completo constitui-se geralmente de três fases, de forma que o paciente deve tratar-se por dias (mínimo sete dias a cada fase) necessariamente consecutivos. A primeira é purvakarma, a segunda é panchakarma, que constitui a ação principal, e a terceira pasciakarma.

A medicina ayurvédica completa é pouco praticada no ocidente por tornar-se bastante proibitiva, uma vez que suas aplicações e tempos entram em discordância com as formas e ritmos de vida atuais. Desta maneira, no ocidente, muito do que se pode utilizar da medicina ayurvédica sem ofender seus princípios e aplicações são as massagens e terapias com óleos e ervas, que constituiriam o purvakarma.

Nestes tratamentos são usados óleos essenciais de acordo com o tipo dominante da pessoa:
vata (vento, saiba mais AQUI) – elementos ar e akasha – óleo de gergelim;
pitta (bile, saiba mais AQUI) – fogo e água – óleo de coco
kapha (mucos, saiba mais AQUI) – água e terra – óleo de mostarda ou oliva.

Cada um deles tem áreas específicas de atuação e funções terapêuticas de acordo como são aplicadas. Assim como as ervas aplicadas nas massagens terapêuticas

Mariana Mesquita é terapeuta ayurvédica, praticante de Yoga e proprietária do restaurante Maha Mantra Culinária Saudável www.mahamantra.com.br