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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Prática para você e seu bebê

Por Adriana Vieira

Já imaginou que delícia? Realmente as aulas de Baby Yoga são descontraídas, agradáveis e aproximam ainda mais mães e bebês!
A partir de dois ou três meses, o bebê começa a ficar com o pescoço mais durinho, já tomou as principais vacinas e pode começar a praticar com a mãe.
As mães que praticaram durante o pré-natal, não terão dificuldade alguma nas aulas com os pequenos. Quem nunca praticou se familiariza rápido, pois todas as posturas (asanas) e respirações (pranayamas) são adaptadas para que ambos (mãe e filho) possam praticar com afinco e prazer ao mesmo tempo!

Benefícios das aulas baby Yoga:
- As práticas dos asanas são elaboradas para que o corpo da mãe volte mais rapidamente ao que era antes da gravidez. Pode ajudar no controle do peso
- Melhora a circulação sanguínea.
- Fortalece os músculos que foram requisitados durante o parto.
- Fortalece o vinculo entre mãe e bebê.
- Trabalha o autoconhecimento para lidar com a nova fase.
- Melhora a postura, que deve ser sempre cuidada, mas agora, principalmente na hora de amamentar.
- Beneficia a qualidade do sono, mesmo que a quantidade seja menor do que anteriormente.
- Ajuda a manter a autoestima e a confiança.

Para Fazer em Casa
Logo após o nascimento do bebê, a mamãe que já era praticante de Yoga, ou fez o Yoga pré-natal, vai sentir necessidade de voltar à sua prática. Quem teve parto normal pode recomeçar após um mês. As mamães que fizeram cesariana precisam da liberação do obstetra, que acontece por volta de dois meses.
Nessa nova fase, a mulher precisa ter consciência que sua prática deve ser mais curta do que habitualmente, nada de se desesperar e querer o mesmo corpinho em dois ou três meses.
Aqui vão algumas dicas de asanas que podem ser feitos em casa nesses primeiros meses pós-parto.

Adaptação de adho mukha svanasana (postura do cachorro olhando para baixo)
- Fique em quatro apoios, afaste seus braços na largura dos ombros, mãos no chão e deixe seu bebê entre suas mãos.
- Afaste os joelhos também, paralelos, na largura dos ombros.
- Inspirando, eleve o quadril e continue a olhar pro seu bebê.
- Mantenha a postura por 5 respirações completas com o abdome contraído.
- Exalando desça devagar, apoie os joelhos no chão e entre em balasana (postura da criança), sentando-se nos calcanhares e alongando braços à frente.
- Repita cinco vezes a postura completa, brincando com seu bebê. Ele fica curioso quando você desaparece (ao fazer balasana) e adora quando você volta na postura adho mukha.
Essa postura alonga a coluna que é muito importante durante o período de amamentação, em que as mães ficam sentadas muito tempo. Trabalha também o fortalecimento dos órgãos internos e abdome.

Adaptação de setu bandha sarvangasana, postura da ponte:
Assim que você não tiver mais dores abdominais, poderá começar a praticar essa postura juntamente com seu bebê.
- Fique com a coluna toda no chão e coloque seu bebê sobre seu peito. Segure-o firmemente.
- Dobre seus joelhos e deixe firmes os calcanhares no chão.
- Ao inspirar eleve o quadril e mantenha firme seu bebê, que subirá como se fosse um elevador.
- Mantenha a posturas por duas a quatro respirações lá no alto e desça devagar;
- Repita cinco vezes a postura.

Durante esse período, pratique bastante as respirações (pranayamas) e expansão de tórax. Lembre-se sempre de, ao amamentar, manter a coluna ereta. Tome bastante liquido!

Boa prática!

Adriana Vieira é jornalista e instrutora de Yoga em Santos, e pós-graduada pela FMU, com especializações em Yoga Pré-natal (GAMA- Grupo de Apoio à Maternidade Ativa e Escola Carmen Perez)
www.namaskaryoga.com.br


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O toque

Por Veena Mukti

O toque é a primeira linguagem que aprendemos. Mesmo dentro do útero, a pele do bebê já está sendo estimulada pelos líquidos da bolsa, ele já está sendo massageado pelos movimentos da mãe e durante o trabalho de parto essa massagem se intensifica com as contrações. É muito importante que este estímulo do toque continue após o nascimento, a pele tem ligação direta com o sistema nervoso e está ligada à sobrevivência. O obstetra francês Frédérick Leboyer, que divulgou no Ocidente a massagem em bebês conhecida como Shantala, dizia que "é necessário conversar com a pele do bebê (...) falar com suas costas, que têm sede e fome como sua barriga".

A massagem estreita o vínculo mãe/bebê-pai/bebê, alivia cólicas, relaxa, melhora o sono, desenvolve a percepção de si mesmo, ajuda o desenvolvimento saudável do sistema imunológico e assim equilibra tanto o sistema físico como o emocional.

Para começar, não tenham medo de tocar seus bebês! Podem experimentar toques dedilhados com as pontas dos dedos por todo o corpo, e depois utilizar outras partes da mão até sentir confiança de usar toda a mão.
O momento do banho, ao passar o xampu e o sabonete, é uma ótima oportunidade de começar essa massagem. Dê atenção aos pezinhos e mãozinhas (que coisa mais gostosa!).

Passar óleo antes do banho também pode ter ótimos efeitos, pois além do relaxamento, eles podem ser nutritivos e terapêuticos. O importante é usar óleo vegetal 100% puro e os mais recomendados são os de jojoba, abacate, amêndoas e semente de uva. Acrescentar a esse óleo algumas gotas (uma ou duas) de óleo essencial de lavanda e/ou camomila deixa a massagem ainda mais relaxante, pois esses têm efeito calmante.


Veena Mukti é terapeuta corporal, mãe de dois filhos nascidos de parto natural domiciliar. Trabalha com Yoga-Massagem Ayurvédica, Yoga para Gestantes, Massagem para Gestantes, dá cursos de Shantala para pais e para profissionais.
www.veenamukti.com


Sonhe com os Anjos

Por Madu Cabral

O sonho é um local de encontros: a vida encontra a morte, o passado e o futuro se misturam, o pessoal encontra o impessoal.

O grande mestre tibetano Tenzin Wangyal Rimpoche, que está essa semana no Brasil para lançamento de seu livro Yoga dos Sonhos e para uma série de cursos e palestras sobre o assunto, explica a importância dos nossos sonhos.

O que é o Bon Budismo Tibetano?
Bon é a tradição mais antiga do Tibet, trabalha os cinco elementos e tem como sua forma mais elevada de ensinamentos o Dzogchen. Trabalha com os elementos da terra e na terra no corpo, com posições do corpo, pranayamas e meditações. A forma mais elevada de se relacionar com esses elementos é um estado da mente. É o conhecimento da mente. Na tradição, há nove caminhos diferentes para alcançar a libertação.

O que é o Yoga dos Sonhos?
O Yoga do Sonho é parte dos ensinamentos do Bon, a tradição espiritual mais antiga do Tibet. O sonho é importante, pois todos os seres dormem 1/3 da vida, em média de 20 a 25 anos. Precisamos aprender como usar esse tempo para o desenvolvimento pessoal e espiritual.
Uma das formas de fazer isso é desenvolver o que é chamado de sonho lúcido, que é a consciência do sonho enquanto dormimos. Se tivermos a consciência de que estamos dormindo é possível se desprender do conteúdo do sonho e estar livre para fazer o que quiser, a mente fica livre para transformar o sonho em positivo. Alguns exercícios específicos podem desenvolver essa capacidade.

Como isso pode ser benéfico?
Processos de cura física e psicológica podem acontecer no sonho. Em um nível básico, podemos dar o exemplo de uma pessoa com problemas na perna que, quando tem um sonho lúcido, pode correr, ou fazer posturas que não consegue quando está acordado. Quando acorda, o processo de cura desta pessoa avançou. Outro exemplo é alguém que tem provas na escola e pode trabalhar os medos e ansiedade nos sonhos.
O sonho também é um momento de se conectar com o espírito da natureza, se conectar com outros mundos.

O que são sonhos?
Os sonhos são reflexos da energia que está no ar, o que acontece no subconsciente das pessoas e também no inconsciente coletivo. Se não conseguimos curar e transformar coletivamente, o que sonhamos pode se manifestar no mundo real.
Por isso um pesadelo deve ser cuidado, se não resolvermos em nossos sonhos, ele acontece na vida real, vira seu vizinho. As pessoas me perguntam por que temos sonhos que se repetem e respondo que isso acontece com quem não sabe escutar direito.

Qual o significado do que sonhamos?
As culturas têm diferentes imagens simbólicas para diferentes assuntos, alguns são semelhantes entre as culturas. O mais importante é o que você sente durante o sonho. Quando sonha que está voando, isso é libertador ou assustador? Não aconselho interpretações muito complexas, pois não tem fim a interpretação da mente.

Como podemos começar essa prática?
Primeiro devemos olhar nesse enorme potencial de crescimento para o qual normalmente não damos atenção. Devemos nos conscientizar de que toda noite que dormimos nos dá potencial para desenvolvimento. Essa intenção e consciência antes de ir para cama já é um começo.
A atitude que temos ao dormir é de grande influência, normalmente contamos todos os eventos negativos do dia, o que não conseguimos fazer e o que deu errado, e levamos isso para os sonhos. Por outro lado, sentir a energia do amor antes de dormir vai nos fazer acordar com um sorriso no rosto.
Devemos nos perguntar qual é o último estado de nossa mente antes de dormir. Se conseguir ficar cinco minutos muito bem, terá garantido mais sete horas de bem-estar.
Uma forma mais objetiva de explicar isso é que devemos “escovar nossas mentes” como escovamos nossos dentes antes de dormir. Quando estiver sentindo sua mente limpa, leve sua atenção para o coração, sinta suas qualidades de amor e compaixão. Ouvir a energia do amor no coração é como ouvir uma música e assim gradualmente você dorme. Pode parecer difícil, mas é um hábito que pode surgir da vontade de querer melhorar.
Preocupamos-nos em achar uma posição confortável para nosso corpo descansar, devemos procurar também uma posição confortável para nossa mente descansar.

Por que muitos não se lembram de seus sonhos?
As pessoas não descansam suficientemente, a mente não está clara o suficiente e para solucionar isso, as práticas de purificação física podem ser de grande ajuda.
Os asanas são uma excelente forma de transformar e liberar alguns bloqueios nos chakras (centros de energias do corpo). Se esses bloqueios forem energéticos, os pranayamas (exercícios respiratórios) devem ser usados e se forem da mente, usa-se a meditação. Quando esses bloqueios forem desfeitos os sonhos estarão livres.

Para informações e agenda de eventos:
(11) 7111-2192
(11) 8996-4269
www.bongarudabr.com
monjasherab@gmail.com
nelkalu@gmail.com


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Saúde no Sono

Uma boa noite de sono assegura mais do que o bom humor do dia seguinte.
Texto e ilustrações: Madu Cabral

Uma boa noite de sono não é importante apenas para se manter acordado no dia seguinte. Vários processos metabólicos importantes acontecem enquanto dormimos e, se alterados, podem afetar o equilíbrio do nosso organismo.

Nas grandes cidades, cada vez mais pessoas dormem pouco ou mal. "Temos o incontestável fator de poluição auditiva, o estresse gerado pelo estilo competitivo de vida e pelo trânsito, falta de tempo para desenvolver atividades que ajudariam um sono relaxante (atividades físicas ou qualquer lazer prazeroso)", aponta a professora de Iyengar Yoga Analu Matsubara.

Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes.

A prática regular de Yoga é consagrada por grande parte da comunidade médico-científica como um apoio fundamental a tratamentos alopáticos. A sensação de calmaria interna e o profundo relaxamento após as práticas irão certamente levar o praticante a uma série de mudanças em sua rotina "nociva" de vida.

Analu, que além de aulas, ministra um curso de formação para professores, recomenda uma sequência de posturas simples que podem ajudar a desacelerar antes de ir para cama e garantir uma noite restauradora. "Todas essas posturas podem ser mantidas de três a cinco minutos", explica Analu, "e a atenção no fluxo de sua respiração é indispensável, concentre-se em casa uma delas", aconselha a professora.



1. Supta badha konasana (postura reclinada em ângulo) favorece a abertura e relaxamento da região abdominal e acalma os nervos.



2. Adho mukka svansasana (cachorro olhando para baixo) relaxa o sistema nervoso e diminui a ansiedade.



3. Uttanasana (postura do alongamento intenso para frente) esta variação, com cabeça e braços apoiados em uma cadeira, acalma o sistema nervoso.



4. Sirsasana (invertida sobre a cabeça) diminui a energia nervosa e equilibra o sistema endócrino. Não pratique essa postura sem instrução e acompanhamento prévio ou durante o período menstrual.



5. Sarvangasana (invertida sobre os ombros) remove a irritação, emoções nervosas. Não pratique essa postura sem instrução e acompanhamento prévio ou durante o período menstrual.



6. Ardha halasana (postura do meio arado) Essa variação com suporte de cadeira leva tranquilidade ao corpo e mente. Não faça caso esteja menstruada.

Finalize a seqüência com 15 minutos de relaxamento em savasana (postura do cadáver).

Analu Matsubara formou-se pelo Studio Surya e é certificada internacionalmente pelo Ramamani Iyengar Yoga Institute em Puna, Índia. Hoje dá aulas regulares e uma Formação de Professores em Iyengar Yoga.
http://tinyurl.com/yhwhmws
(11) 9995-5769


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Respiração refrescante

Por Márcia De Luca

O calor pode aumentar a irritabilidade, a impaciência e a perda dos controles sobre as próprias emoções. Uma pausa na correria do dia-a-dia para respirar pode ser um ótimo remédio para acalmar os ânimos e refrescar o corpo.

O sitali pranayama é um exercício respiratório refrescante que pode servir como antídoto das irritações promovidas pelo calor e nos trazer de volta ao equilíbrio. Sua prática é bem simples, é só escolher um lugar tranqüilo, onde possa praticar a respiração sem ser interrompido.

Sente-se confortavelmente, com as pernas cruzadas e, se necessário, um apoio para a coluna. Coloque a língua um pouco para fora e curve-a em forma de calha. Inspire lenta e profundamente por entre a língua como se estivesse puxando o ar por um canudinho e expire pelas narinas.

Algumas pessoas não conseguem fazer essa forma com a língua, nesse caso apenas apóie-a atrás dos dentes e faça o exercício normalmente conforme indicação acima. Comece praticando por 5 minutos e, se sentir conforto, aumente para 10 minutos.

Márcia De Luca é fundadora do CIYMAM (Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda) em São Paulo. Há 29 anos dedicada aos estudos de Yoga e Ayurveda. Apresenta os boletins diários "Filosofia de Bem Viver" na Rádio Eldorado de São Paulo (92,9FM); é uma das organizadoras do evento Yoga Pela Paz e autora de 2 livros: A Idade do Poder (Editora Tornado) e Ayurveda: Cultura de Bem Viver (Editora Cultura).


Visão Futuro – SP leva gratuitamente atividades para instituições que trabalham com crianças

O Instituto Visão Futuro – São Paulo, organização não-governamental, está recebendo inscrições de creches, escolas, CCAs (Centro da Criança e do Adolescente) e outras organizações que desejem receber gratuitamente em suas instituições apresentações do Círculo do Amor e do Círculo Mágico.

As duas atividades fazem parte do projeto Educoração, que traz ferramentas de teatro, música e biopsicologia, que contribuem para o desenvolvimento de saúde física e emocional de crianças entre dois e dez anos, por meio do autoconhecimento e da interconexão com adultos, outras crianças e com a natureza.

As práticas incluem também exercícios para o equilíbrio hormonal, que contribuem para reduzir estados de ansiedade, irritabilidade e hiperatividade.
O Círculo do Amor trabalha esses objetivos por meio de rodas de música e brincadeira e o Círculo Mágico, por meio de uma forma especial de contação de histórias. As inscrições para apresentações gratuitas no 1º semestre de 2010 vão até 23 de fevereiro. As organizações inscritas passarão por processo seletivo para preencher as seis vagas disponíveis.

Inscrições e mais informações: institucional@visaofuturosp.org ou
(11) 2495-3736.
http://visaofuturosp.blogspot.com
www.visaofuturo.org.br


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ayurveda: Os Poderes do Coco e o Verão

Por Cristina Chiang

O coco (Cocos nuficera ou narikela kula, como é chamado em sânscrito) é amplamente utilizado no Ayurveda em todas as suas formas. É tradicional dos países tropicais e encontrado de forma nativa somente nas costas litorâneas. A razão pela qual a mãe natureza coloca este ingrediente precioso em locais quentes deve-se ao fato de este ser um equilibrador de pitta.

O coco é ao mesmo tempo nutritivo e resfriante, ambas as características muito importantes no equilíbrio do fogo interno. No verão, deve ser um aliado constante das pessoas de dosha dominante pitta, mas também dos demais, uma vez que tem múltiplas aplicações:

Água de coco: internamente refresca e repõe sais perdidos pela transpiração. Ajuda no controle dos sucos gástricos, extremamente “provocados” à beira-mar - por uma dieta rica em peixes e crustáceos, geralmente regada a bebidas alcoólicas. Externamente, é um excelente tônico da pele e possui propriedades cicatrizantes.

Óleo de coco: o melhor óleo para pitta pode ser usado pelos outros doshas nesta estação de dias extremamente quentes. Refresca e nutre a pele e é de fácil absorção mesmo se aplicado a temperatura ambiente. O odor adocicado tem propriedades calmantes.

Castanha: extremamente nutritiva é a parte mais "quente" da fruta. Excelente alimento para vata, uma vez que estimula o intestino grosso por ser oleosa e rica em fibras.

Leite de coco: excelente hidratante além de muito refrescante. Caso abuse do sol, automassagens com leite de coco ajudam a cuidar da pele e evitam o ressecamento que leva à descamação.

Foto: Huan Gomes

Cristina Chiang é formada em administração, trabalhou por 17 anos no mundo corporativo em atividades ligadas a planejamento e gestão de pessoas. Durante este tempo, o acaso a colocou em contato com a Ayurveda, ciência com a qual se identificou imediatamente e pela qual, com verdadeira paixão, foi levada a profundos estudos e pesquisas no Brasil e exterior. Cristina dá cursos de Ayurveda, com especialização em beleza, em São Paulo e Uberlândia.
www.cristinachiang.com, www.ciymam.com.br


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Inteligência Antiestresse

Por Madu Cabral

O estresse não está mais restrito às pessoas que chegam em casa infelizes com seus trabalhos no fim do dia. Quem adora o que faz, tende a esquecer de suas necessidades e bem-estar, ocupa mais tempo e energia do que deveria e uma hora o estresse aparece.

O professor de Power Yoga, Anderson Allegro, diretor da Aliança do Yoga, dá soluções “yóguicas” para manter a calma e a saúde.

Com as exigências da vida moderna, como encontrar o limite entre eficiência e estresse?
O que caracteriza a eficiência é a capacidade de fazer algo sem esforço. Se existe esforço ou estresse é porque ainda não somos eficientes no que estamos tentando fazer. Por exemplo, para um chef de cozinha, cozinhar é algo simples, basta olhar o que tem na geladeira, combinar tudo e fazer um prato saboroso. Para alguém que não sabe cozinhar, esse processo será longo e tenso: sair para comprar ingredientes, processar tudo, cuidar do tempo que o alimento fica no fogo etc. Assim, para mim, eficiência e estresse se excluem mutuamente. Porém, mesmo se nos dedicamos a fazer apenas as coisas nas quais somos eficientes, é preciso prestar atenção no tempo que cada atividade leva e não se sobrecarregar. Mesmo o chef de cozinha, se tiver que fazer oito pratos em 15 minutos, poderá ficar estressado, pois o tempo que tem não será suficiente para a tarefa. Acho que um dos males da vida moderna é que nos tornamos eficientes em várias coisas e queremos fazê-las todas, mas nosso tempo continua sendo o mesmo de sempre: 24 horas.

Quais práticas e técnicas podem ajudar a estabelecer esse limite?
A Yoga Nidra (relaxamento profundo) é a técnica que diminui os níveis de estresse. Quando estamos equilibrados e conectados conosco, passamos a perceber quando forçamos nossa natureza para realizar algo e o nível de exigência daquela tarefa. A clareza mental dada pela Yoga Nidra, e amplificada pela meditação, nos permite refletir e fazer escolhas melhores. Podemos focar naquilo que somos eficientes e deixar de nos esforçar tanto.

Anderson Allegro é professor de Yoga há mais de 20 anos e biólogo. Estuda e ensina essa disciplina desde os 18 anos e viajou à Índia várias vezes para aprimorar-se. Aprendeu Ashtanga Yoga com Baptiste Marceau, professor francês, discípulo de Pattabhi Jois e participou do Planet Yoga Teacher Training com Leeann Carey em Hermosa Beach, Califórnia. Tem feito palestras sobre Yoga em encontros de professores e praticantes de Yoga em Florianópolis e São Paulo. Atualmente, dirige o Aruna Yoga, onde ministra o Curso Livre para Formação de Instrutores de Power Yoga há mais de dez anos. É o criador e apresentador do DVD POWER YOGA, volume 1 e 2, da Editora Qualidade de Vida. É diretor e um dos idealizadores da Aliança do Yoga. www.arunayoga.com.br


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Digestão Ayurvédica

Por dr. José Ruguê Junior

Todos os alimentos que entram em nosso organismo – sejam eles físicos, como os alimentos sólidos, líquidos e o ar; sejam eles mentais, como impressões, pensamentos e emoções – devem passar por um processo de metabolização ou digestão, para serem assimilados devidamente.

Isto acontece em três níveis principais:

- Da digestão geral, que começa na saliva e vai até o intestino, chamada digestão primária.
- Do fígado, onde os nutrientes assimilados passam pela digestão secundária, específica dos cinco grandes elementos – terra, água, fogo, ar e espaço.
- Das células, o principal objetivo de toda nutrição, levar ao nível das células os nutrientes e o oxigênio, para que as células possam desempenhar suas funções dentro dos tecidos e estes dentro dos sistemas para a harmonia do funcionamento do organismo. É chamado nível celular ou terciário da digestão.

Assim, todos os alimentos, físicos e mentais, quando digeridos nesses três níveis, se transformam em três tipos de substâncias:

- Os nutrientes, que devem ser absorvidos e se transformarão em estrutura, em energia e participarão das diversas funções de nosso corpo e mente.
- Os dejetos, que são aquela parte dos alimentos que não será absorvida pelo organismo e que deve ser eliminada, mas que, enquanto está no organismo saudável, desempenha funções primordiais, como por exemplo, formação do bolo fecal. As fibras na dieta têm esse papel. Também estão incluídos nos dejetos os produtos de excreção da digestão celular.
- A energia sutil dos alimentos, que vai se incorporar, formar e nutrir nossa mente. Esta energia sutil, presente em todos os alimentos físicos ou mentais, se manifesta por meio de seus atributos, os gunas, gerando na mente o "campo" para a harmonia (sattwa), para a atividade excessiva (rajas) ou para a inércia (tamas).

Portanto, os alimentos devem ser observados não só pelo seu valor nutricional (vitaminas, proteínas, carboidratos, microelementos), mas também pela capacidade de produzirem em nossas mentes essas trigunas.

A mente reage ao mundo de acordo com o predomínio de uma destas qualidades, o que determina uma reação nossa diante da vida, de caráter harmonioso, agitado ou obscuro. E estas qualidades se impregnam em nossa mente de acordo com a guna daquilo que nos serve de alimento: comida, impressões, pensamentos e emoções. Isto explica como, dentro do Ayurveda, uma dieta sattwica é prescrição primordial para o tratamento de problemas psiquiátricos!

Formado em 1981 em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia, com título de especialista em Terapia Intensiva pela AMIB em 1985. Chefe da UTI do Hospital Santa Genoveva de Uberlândia de 1985 a 1999, Dr. Ruguê foi diretor clínico desse hospital por vários anos. Conviveu com seu mestre, Sri Vájera Yogui Dasa (grande erudito da ciência védica e yóguica) no Brasil e no Chile, de 1973 a 1984. Membro do corpo docente da International Academy of Ayurveda, Presidente do Movimento Mundial de Ayurveda, com sede em Milão – Italia e membros em todo o mundo. Dá cursos por todo Brasil, Portugal, Itália. http://www.suddha.net



O Verão em Nossos Pratos

Por Cris Ayres

O Ayurveda é baseado na filosofia dos cinco elementos (pancha maha bhutas) e cada estação do ano tem um elemento predominante. O verão é regulado pelo elemento fogo, que aumenta o calor do nosso corpo. O corpo sofre uma influência de temperatura externa e, de maneira geral, exige que o metabolismo trabalhe dobrado para manter sua temperatura ideal.

O clima desta época é mais difícil para as pessoas com tendências a desequilíbrios do dosha pitta, causando problemas de digestão, problemas de pele como alergias específicas ao sol e à temperatura, aumento da oleosidade nos cabelos e pele, e maior suscetibilidade a brigas. A melhor dica nesses casos é moderação em tudo que se faz e come.

A alimentação e os hábitos de vida são determinantes na busca de harmonia do organismo durante o verão. Deve-se evitar a ingestão de comidas quentes e picantes, alimentos gordurosos e as carnes em geral, principalmente a bebida alcoólica que é muito ingerida no verão. A cerveja, que tem fama de refrescar, aumenta em demasia o elemento fogo do nosso organismo e produz alguns desconfortos, tais como: azia, calor, suor excessivo, acne e distúrbios dermatológicos, queda de cabelos, excesso de acidez estomacal, irritabilidade, intolerância e raiva.

Alimentos frescos e líquidos refrescantes são muito indicados durante esta época do ano. Os sabores refrescantes, segundo a medicina Ayurveda, são o doce, o amargo e o adstringente (como a lentilha, o caqui e o caju).

É muito indicada a ingestão de suco de frutas e legumes e verduras cruas na forma de saladas com temperos refrescantes, como o cominho, hortelã, erva doce, salsinha, cebolinha, orégano, manjericão e coentro.

Como as noites são mais curtas nesse período, o sono durante à tarde pode ser recomendado, principalmente para as pessoas com vata e pitta predominantes.


Cristiane Ayres dedica-se há oito anos ao estudo e pesquisas do Ayurveda. Sua formação é exclusiva na área de terapias, sendo diplomada em Ayurveda, Terapias Quânticas, Cura Prânica, Naturopatia da Índia e Aromaterapia. Hoje ministra aulas de Ayurveda clássico e ensina a metodologia que desenvolveu na área de rejuvenescimento e estética.
www.ayurelements.com
Tel.: (21) 8273-1827


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Iyengar Yoga para Grávidas

Por Camila Pagliuca

A prática de Yoga bem supervisionada durante a gravidez tem benefícios em dobro, pratica a mãe e pratica o bebê.

Dentro do método Iyengar Yoga, existem algumas abordagens diferentes para trabalhar com as grávidas. O mais importante para definir a prática adequada para uma gestante é a experiência desta como praticante. Algumas escolas de Iyengar Yoga não aceitam alunas gestantes em suas turmas sem o mínimo de seis meses de prática constante. Outras escolas recebem gestantes não praticantes, mas enfatizam a prática de posturas básicas e exercícios de relaxamento.

Geralmente as mulheres deixam para iniciar a prática quando engravidam, mas uma prática de Yoga constante antes da gravidez garante que as mulheres aproveitem melhor os benefícios da prática e reduzam os possíveis riscos.

Estar familiarizada com a forma e o efeito das posturas traz uma inteligência ao corpo da mulher, o que é importante para uma prática segura. Quando aprendemos uma postura, ainda não conseguimos realizar as ações necessárias para um alinhamento benéfico. Durante a gravidez, a praticante precisa manter o abdômen sempre suave e isso requer certa experiência. A falta de experiência com os alongamentos da musculatura produzidos pelas posturas, ao invés de gerar benefícios, pode ter um efeito contrário de tensionar o corpo. Por todas essas razões, o trabalho com gestantes inexperientes precisa ser bem suave. Quanto mais experiência a futura mãe tiver, melhores os benefícios da prática durante a gestação.

Posturas importantes como sirsasana, invertida sobre a cabeça, e algumas extensões com apoio não podem ser ensinadas durante a gravidez. Se a gestante não as praticava antes da gestação, não é o momento adequado para aprendê-las.

A recomendação para a prática de Iyengar Yoga para gestantes, sem experiência com o método, é começar por posturas sentadas, flexões sentadas com apoio e exercícios de relaxamento. O auxílio de um professor preparado é essencial, pois algumas adaptações podem ser necessárias.

O objetivo da prática durante a gestação é ajudar a criar espaço no corpo da mãe para que o bebê se desenvolva bem. Criar um bom equilíbrio muscular no corpo da gestante ajuda a manter uma boa postura, que por sua vez ajuda o bom posicionamento do bebê em sua bacia e facilita o parto. Um estado interno de atenção e relaxamento também ajuda a mulher a lidar com as demandas do parto. Um corpo distensionado, e a capacidade de estar presente, poupam energia durante o parto.

Os benefícios das posturas advêm do espaço que estas criam entre o osso púbico e o esterno, que melhora também a respiração da gestante. A melhora na respiração auxilia no relaxamento interno, ajuda a gestante a voltar sua atenção para dentro e relaxar.

A auto-observação é essencial, pois cada gravidez é única e a gestação passa por diferentes fases. Geralmente, o primeiro trimestre é mais conturbado pela novidade e pelas mudanças hormonais. Algumas grávidas preferem começar a praticar depois que passa essa primeira fase. Os enjoos podem ser mais intensos e deixar a gestante sem disposição. Nessa fase, o savasana (postura de relaxamento) pode ajudar. O savasana durante a gestação deve ser sempre feito com apoio para a coluna. Essa variação ajuda a expandir o peito, facilitar a respiração e energizar o corpo. O apoio no tronco, na cabeça e embaixo dos joelhos forma um V no corpo da gestante e o bebê se aninha dentro do corpo da mãe (ver foto abaixo). Os calcanhares sempre apoiados no chão.



No segundo trimestre, a gestante já tem os hormônios mais estáveis, sente-se com mais disposição e tem, muitas vezes, vontade de movimentar o corpo e praticar.

No terceiro trimestre, as posturas em pé ajudam a preparar as pernas para um parto ativo.

A prática para uma gestante pode começar com posturas relaxantes deitadas ou reclinadas, seguidas de extensões suaves com apoio (que devem ser feitas com cuidado porque podem causar náuseas) que ajudam a restabelecer a energia do corpo.

As invertidas são muito benéficas, pois regulam os hormônios e facilitam o retorno venoso, diminuindo o inchaço nas pernas. Para as iniciantes, o indicado, sob supervisão, é praticar invertidas mais leves como viparita karani (postura com os quadris levemente elevados e as pernas apoiadas na parede). E uma versão simplificada de setubandha sarvangasana, que possui efeitos semelhantes ao sarvangasana (invertida sobre os ombros).

Para as mulheres que sofreram abortos voluntários, a prática precisa ser ainda mais cautelosa, pois sua estrutura é mais frágil. A prática deve focar posturas sentadas com flexões usando apoios, relaxamento, pranayama (exercícios respiratórios) e as posturas em pé devem ser evitadas. Invertida sobre os ombros pode ajudar, pois regula os hormônios, causa de algumas fragilidades.

A prática de pranayama (exercícios respiratórios) e de relaxamento em savasana (postura de relaxamento) deve ser feita sempre que a mulher sentir necessidade e muito cansaço. Essas práticas ajudam a produção de leite, pois abrem o peito, aumentam a entrada de oxigênio necessário à lactação. Alguns minutos de relaxamento podem ser muito restaurativos.

Ao beneficiar a mãe, a prática termina por criar também um imprint de Yoga no bebê.

Camila fez suas primeiras aulas aos 18 anos, se formou em diferentes modalidades de Yoga e hoje estuda, pratica e ensina Iyengar Yoga no Centro Iyengar Pôr-do-Sol em São Paulo. “Comecei a ensinar Yoga para gestantes para amigas e alunas que engravidavam e venho descobrindo como a pratica de Yoga e a gravidez são boas companheiras. Estou grávida e tenho aproveitado bem as práticas.” www.centroiyengar.com.br


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Alimentação para Dois

Por Maíra Duarte

A alimentação durante a gestação deve ser um dos maiores focos para manter a saúde da mãe e do bebê.

Deve ser à base de alimentos frescos, cozidos no dia e nutritivos. Os principais são: feijões verdes (o feijão moyashi é excelente), arroz, leite, castanhas, sementes, frutas doces, cereais integrais (aveia e trigo), ghi, mel, melado e laticínios frescos. Folhas verdes devem ser ingeridas regularmente na hora do almoço, mas em pequenas quantidades.

O uso de algumas especiarias suaves é indicado para estimular a digestão, são elas: gengibre, cominho, coentro, erva-doce, louro, cardamomo, manjericão e cúrcuma. Elas devem ser usadas em pequena quantidade e com cuidado especial no primeiro trimestre, pois todo alimento que tem o sabor picante tende a ser abortivo. Das especiarias citadas acima, a que deve ser usada com maior cautela é a cúrcuma, que tem efeito emenagogo (promove a menstruação).

O Uso do Leite de Vaca

Existem polêmicas relacionadas ao uso do leite de vaca na alimentação do ser humano durante a fase adulta. Segundo o Ayurveda, o leite é excelente fonte de proteína animal, principalmente em uma dieta vegetariana. Quando bem digerido, auxilia o movimento do intestino, fortalece o sistema reprodutivo, aumenta a vitalidade do organismo e é um alimento excelente para a mente, pois nutre o sistema nervoso.
Existem, porém, alguns aspectos a serem observados: se a pessoa está habituada a ingerir o leite, se ao ingeri-lo a digestão está equilibrada e se o leite que está sendo ingerido é de boa qualidade. Um leite de boa qualidade provém de uma vaca que convive com sua prole, ingere alimentos de qualidade e está em contato com as forças da natureza (sol, chuva, ar, terra e espaço).

O Ayurveda utiliza o leite como alimento e como veículo para ervas medicinais. É um alimento capaz de carrear rapidamente as propriedades das ervas para todos os tecidos do organismo.

Porém, a forma com o estamos acostumados a consumi-lo (com achocolatados ou frutas em vitaminas) gera toxinas. Ervas digestivas suaves como cúrcuma (açafrão da terra), canela, gengibre em pó e cardamomo auxiliam a digestão do leite e equilibram seu efeito nocivo de gerar muco, porém devem ser usadas com sabedoria e em pequenas quantidades nessa fase da vida da mulher. Utilizar açúcar de boa qualidade (açúcar demerara orgânico ou melado de cana orgânico) fervido com leite também ajuda a digeri-lo.

Portanto, quando ingerido corretamente, o leite é um excelente alimento durante a gestação e, quando usado com sabedoria, promoverá bom desenvolvimento do bebê, maior vitalidade e nutrição para a gestante e será fundamental para manter o bom funcionamento do intestino.

Ghi (Manteiga Clarificada)

O ghi é a gordura da manteiga, amplamente usado no Ayurveda. É resfriante, leve, penetrante e o melhor veículo para ervas. Nutre o sistema nervoso, a libido, o sistema imunológico, alivia queimaduras e hidrata pele ressecada. Pode ser usado interna e externamente. Em pequenas quantidades, no uso interno, aumenta a capacidade digestiva.

O ghi é um dos principais alimentos a serem usados durante a gravidez, veja como:

- A grávida pode adicionar uma colher de sopa no almoço e uma colher de chá à noite para fortalecer o sistema digestivo, nutre o bebê que está se formando e lubrifica os canais do corpo da mulher.

-O leite fervido com uma colher de chá de açúcar demerara orgânico, ingerido morno com uma colher de chá de ghi, é um excelente fortalecedor para a grávida e ajuda em casos de constipação intestinal. Ele é benéfico principalmente no primeiro trimestre.

-Adicione ao arroz cozido duas colheres de chá de ghi e coma no almoço.
-O ghi pode ser aplicado nas nádegas, nos seios (menos nos mamilos) e na barriga, para evitar o aparecimento de estrias, mas talvez a mulher relute devido ao cheiro forte. Nesses casos, o óleo de gergelim é outra ótima opção.


Maíra é terapeuta ayurvédica formada Escola Yoga Brahma Vidyalaya e no Curso Avançado de Ayurveda pela Academia Internacional de Ayurveda, na Índia. Especializou-se nos cuidados ayurvédicos com a gestante (Perfect Pregnancy Program). Doula formada pelo GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa) e pela ONG Amigas do Parto, Maíra realiza acompanhamento de gestantes durante a gravidez, trabalho de parto e pós-parto. mairaduarte@gmail.com, (11) 8415-8222


Da Pele para Dentro

Por Cris Ayres

O limite do mundo interior e o mundo exterior é a pele que nos recobre, portanto há necessidade de atenção para manter este tecido nutrido e saudável.

A pele comporta-se como uma eficiente barreira, impedindo o ressecamento do organismo e protegendo-o das agressões externas, tanto mecânicas quanto físicas, químicas e microbianas.

A cada dia, estamos mais expostos às agressões climáticas, ao pó e à poluição, especialmente nas grandes metrópoles. Um estilo de vida agitado e tenso, má alimentação e sono insuficiente, também são fatores agravantes de problemas e envelhecimento da pele, gerados por toxinas.

Podemos diferenciar a pele das pessoas com predominância de cada dosha (em harmonia e desarmonia) pela coloração, pigmentação, textura, manchas etc. Podemos então dizer que:

Pitta (fogo + água): pele sedosa e morna, com tendências a oleosidade, quente, espinhas inflamadas, erupções e inflamações gerais.

Vata (ar + éter): pele seca, fria, áspera, manchas escuras, ressecadas, rachadas, desidratadas.

Kapha (terra + água): tendência a ter pele normal, saudável, macia e hidratada; podem aparecer manchas claras, pele úmida e fria, espinhas sem inflamação e cravos brancos.

Seguem algumas dicas para manter todas as peles mais frescas neste verão:

Tonificante
Um bom tonificante é refrescante e não alcoólico, ajuda a remover os resíduos, refina os poros e tonifica a pele, preparando-a para o tratamento hidratante.

Pitta: água de manjericão ou laranjeira ou uma mistura em partes iguais de chá de erva doce e coentro.

Vata: água de rosas pura.

Kapha: avelã em pó com água de rosas ou chá de confrey ou alecrim (sempre coado).

Alerta: Antes de aplicar qualquer cosmético na pele, mesmo que seja natural, teste-o na parte interna do braço, deixando agir durante o mesmo tempo que aplicaria no tratamento. Se houver irritação, lave bem a pele e descarte a mistura.

Cristiane Ayres dedica-se há oito anos ao estudo e pesquisas do Ayurveda. Sua formação é exclusiva na área de terapias, sendo diplomada em Ayurveda, Terapias Quânticas, Cura Prânica, Naturopatia da Índia e Aromaterapia. Hoje ministra aulas de Ayurveda clássico e ensina a metodologia que desenvolveu na área de rejuvenescimento e estética.
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fone (21) 8273-1827