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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Idade e a mente

Estudo de conclusão de curso para obtenção do título de Especialista em Neuropsicologia, por Maria Adriana Pinchetti Nolasco.

O indivíduo é considerado idoso quando atinge 60 anos de idade. No Brasil, a população idosa corresponde a 8,6% da população total do país, de acordo com o censo de 2000 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2000). No âmbito mundial, a proporção estimada era que em cada dez pessoas, havia um idoso. Segundo previsões, em 2050 haverá um idoso para cinco pessoas, e nos países desenvolvidos a projeção indica que haverá um idoso em cada três pessoas (IBGE, 2000).

Adotar uma conduta conciliada com uma prática saudável, para se preparar para a velhice em todas as fases da vida (Organização Mundial de Saúde, 2002), é promover ações e garantir para a coletividade condições de bem-estar, físico, mental e social. (Ministério da Saúde, 2006).

O processo de envelhecimento desencadeia alterações cognitivas e físicas, e pode trazer alguns receios internos com as mudanças sentidas, por intermédio de emoções como a depressão e a ansiedade. A percepção destas emoções pode ocorrer de maneira intensa e aguda, condicionando os processos nervosos (James, 2008). Dessa forma, a escolha em conviver bem com o envelhecimento transita na possibilidade do contato com diversos sistemas, práticas e cuidados com a saúde (Rodrigues, 2009), por exemplo, por meio de dieta (Gasperi, 2008), e da prática da meditação (Ancona, 2002 & Menezes, 2009).

Conforme Canineu (2006) o envelhecimento normal engloba um declínio gradual nas funções cognitivas, dependentes de processos neurológicos que se alteram com a idade, principalmente de habilidades relacionadas à memória, atenção, e velocidade de processamento de informações.

Baixe aqui o PDF com a monografia completa.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Que idade é essa?

Por Maísa Misiara

- De que morreu o paciente?
– Do fim da vida!


Assim afirmava em suas aulas meu querido professor de patologia, com a intenção de deixar claro que não precisávamos morrer doentes. Tampouco, precisamos envelhecer doentes.

Com a proximidade da idade avançada, nossas forças de defesa imunológica entram em declínio, aumentando novamente a tendência às infecções, como na infância; vários órgãos involuem, pois a reposição dos tecidos saudáveis torna-se precária.
Se até então tivemos uma vida harmoniosa, o corpo regride num passo lento; mas, caso contrário, muito rapidamente. A verdade é que: como vivemos, assim envelhecemos! Como cuidamos do nosso corpo-mente-espírito nos fará encontrar as consequentes dificuldades em cada uma dessas esferas.

Iniciando-se mais clara e intensamente após os 60 anos, essa etapa é conhecida como a fase vata da vida. Apresenta características em todos nós: secura na pele e no corpo inteiro, desidratação, rigidez das articulações, déficit nas percepções sensoriais e distúrbios dos movimentos.

Quando nascemos, 70% do nosso corpo é formado por água, com o passar dos anos literalmente desidratamos. Parte da água do corpo está presente nos espaços das juntas, nas articulações, lubrificando-as e nutrindo-as como um óleo, facilitando-lhes o movimento. Se há uma diminuição desse líquido, a junta torna-se seca e áspera manifestando toda a gama de sintomas e adoecimentos, de acordo com o seu maior ou menor comprometimento. Levando em consideração a diminuição natural da água geral do corpo com o seu envelhecimento, o problema pode alcançar uma maior dimensão. Dores, rigidez, artrites e outros padecimentos podem se apresentar.

Todos nós sabemos o quanto é importante uma vida saudável e aqui reside um equívoco. Exercícios físicos vigorosos, além de diminuir a água corporal por meio do suor, podem ferir as juntas e desencadear precocemente limitações em nosso sistema articular.

O Ayurveda dá importância aos exercícios, pois estes ajudam na circulação do sangue e na transpiração do corpo, que o desintoxica. Mas, tanto para jovens quanto para mais velhos, o sistema milenar de cura indiana orienta nessas práticas físicas uma medida certa. A pessoa pode exercitar-se com segurança até a metade de sua capacidade. Podemos perceber esse limite, ao sentirmos o inicio do suor na testa, nas axilas e ao longo da coluna vertebral. Com a continuidade, essa resistência aumentará, mas esse cuidado é necessário principalmente tratando-se de pessoas debilitadas ou idosas que buscam melhorar sua saúde.

Como revitalizar nosso corpo?

Tratamentos que se preocupam em suprir perdas isoladas de minerais, ou repor complexos vitamínicos de A a Z, assim como reposições hormonais, acabam por fracassar, pois, além de não contemplarem uma abordagem para o corpo como um todo, deparam-se com a incapacidade do organismo em aproveitá-los, digeri-los.

A compreensão de que se trata de algo mais complexo e abrangente, resultado muitas vezes de uma vida estressante cronicamente, de maus hábitos alimentares, práticas físicas inadequadas e emoções pouco resolvidas, ajuda quando pensamos em revitalização em um sentido amplo, e a terapia de rejuvenescimento, conhecida como rasayana, trás benefícios mais eficazes do que já experimentamos no ocidente.

O rasayana reúne um conjunto de práticas que reintegram o nosso corpo-mente-alma à saúde sempre que possível e um equilíbrio que minimize as doenças, se já instaladas. Reúne uma orientação alimentar, que aqui será nutritiva, bastante hidratante, quente e rica em alimentos que estejam faltando (dieta antivata), somada às práticas de respiração (pranayamas) que tranquilizem e eliminem o estresse e também a exercícios físicos adequados a cada pessoa (Yoga, natação, tai chi...). Além disso, soma-se a essas a meditação.

Esse conjunto de práticas rejuvenescedoras equivale a um belíssimo veículo sem seu condutor, se não compreendermos o significado dessa importante etapa da vida. Quando crianças, o desenvolvimento do corpo ocupa todo o cenário da nossa vida e, durante o amadurecimento, nossas emoções e pensamentos. Agora, em posse desse longo trajeto, entramos em contato com o terceiro tempo, em que podemos refletir o vivido, perdoar o que não transformamos em nós mesmos ou nos demais e dividir com gratidão o que construímos em sabedoria com todos os seres que nos cercam. A idade é essa.


Maisa Misiara
Médica, idealizadora da Clínica Cítara Saúde.


Mais vida em seu corpo

Por Fernanda Cunha
Ilustrações: Madu Cabral

Essa sequência de asanas (posturas do Yoga) revitaliza e rejuvenesce o corpo como um todo, além de promover maior mobilidade das articulações, principalmente da coluna que tende a se enrijecer com o passar da idade. Você pode praticá-la ao se levantar, todos os dias. Mantenha as posturas por no mínimo três respirações. Com a evolução da prática, aumente o tempo de permanência enquanto conseguir manter-se confortável na postura.

Sukhasana (postura fácil): sente-se com a coluna ereta e as pernas cruzadas de forma que os joelhos fiquem (apoiados ou não) sobre os pés. Ao entrar nesta postura, certifique-se de que os joelhos não estão ultrapassando a altura do quadril. Se for o caso, sente-se sobre um livro ou um bloquinho de Yoga para elevar o quadril acima dos joelhos. Essa postura é ótima para aliviar o estresse, aumenta o foco e concentração, acalma o cérebro, fortalece a coluna, alonga as virilhas, o quadril, os joelhos e os tornozelos, lubrificando e trazendo mais flexibilidade para essas articulações. Contraindicação: lesão no joelho, neste caso sente-se com a coluna contra a parede e as pernas esticadas na frente do corpo.


Marjaryasana
(postura do gato): entre na postura de quatro apoios, com as mãos e os pés afastados na largura do quadril. Comece a movimentar a coluna no ritmo da respiração: na expiração, cóccix para dentro, encolha o abdome ao mesmo tempo em que a coluna se curva para cima e o queixo vem em direção ao peito. Na inspiração o movimento começa novamente a partir do cóccix, que se movimenta para cima, a cintura desce e o queixo aponta lentamente para cima. Permita que o movimento cresça do cóccix para a cabeça, uma vértebra se movimenta por vez. Essa postura é excelente para focar a mente e aliviar o estresse, além de alongar o torso, toda a coluna e o pescoço. Possibilita uma massagem na coluna e no abdome, tonificando os órgãos internos. Contraindicação: quem tem algum tipo de lesão no pescoço deve manter o pescoço na linha da coluna durante os movimentos.


Bhujangasana (postura da cobra): deite-se com o abdome no solo, o antebraço no chão e cotovelos alinhados com os ombros. Gire os ombros para traz e para baixo, abrindo peito e criando espaço entre os ombros e o pescoço. Na inspiração, empurre o antebraço contra o chão e eleve o troco, mantendo o baixo ventre no chão. Conte três respirações e volte o tronco para o chão, descanse por uma respiração e volte à postura mais uma vez. Quando sentir conforto nessa postura, tente a variação final, com as mãos apoiadas no chão. Essa postura fortalece a coluna, alonga os músculos do peito, os rins, ombros e abdome. Os textos tradicionais dizem que a postura da cobra aumenta o calor corpóreo, destrói doenças e desperta Kundalini.
Contraindicação: gravidez, lesão nas costas, síndrome do túnel carpal e dor de cabeça.

Viparita karani mudra (postura das pernas na parede): para entrar nessa postura, sente-se no chão de lado com o quadril encostado em uma parede. Descanse o tronco no chão com as pernas estendidas contra a parede. Deixe os braços ao longo do corpo, com as palmas das mãos voltadas para cima e os olhos fechados. Permaneça nessa postura pelo menos por cinco minutos. Essa e uma forma restaurativa de praticar uma postura invertida. Esse asana é reconhecido pelos seus imensos benefícios para a saúde e beleza por ser muito rejuvenescedor. Sua inversão estimula a circulação sanguínea em todo o corpo, rejuvenescendo os órgãos internos, externos e a mente. Entre seus benefícios, estão: alívio de enxaqueca, ansiedade, varizes, estímulo da circulação, alívio dos sintomas da menstruação e pré-menstruação, sintomas de depressão, artrite, e regulação de problemas digestivos e urinários. Contraindicações: glaucoma, lesões na coluna e pescoço, hipertensão, doenças cardíacas. Durante o período menstrual pode gerar desconforto.

Pavanamuktasana (soltura articular): deitado com a coluna apoiada no chão abrace os joelhos em direção ao peito. Traga a atenção para a coluna e mova lentamente os joelhos de um lado para o outro. Sinta a gentil massagem na sua lombar, relaxe bem os ombros no chão e continue os movimentos por mais três respirações. Essa postura alivia dores na lombar, massageia a coluna e promove rejuvenescimento e relaxamento dos músculos, além de aliviar o estresse e a ansiedade. Contraindicado: menstruação e gravidez

Jathara parivartasana (postura da torção do abdômen): ainda deitado de costas, traga os braços ao chão – estendidos ou flexionados – e certifique-se de que os ombros estejam bem apoiados no chão. Mantenha as pernas flexionadas como na posição anterior e, ao expirar, traga os dois joelhos em direção ao chão à sua direta. Se o joelho não alcança o chão com conforto, use um almofadão ou livro sob o joelho para apoiá-lo. Descanse a cabeça para o lado oposto dos joelhos e respire lenta e profundamente por três vezes. Quando terminar, repita para o ouro lado. Essa postura promove a desintoxicação dos órgãos, pois estimula a circulação do sangue por meio da torção da coluna e do abdome, fortalecendo-os. Acalma o sistema nervoso estimulando o modo de relaxamento. Contraindicação: lesão na coluna e ombros, gravidez, desconforto menstrual.

Savasana (postura do cadáver): essa é uma postura da entrega total, de desapego, onde entregamos a mente, o corpo, os pensamentos. Apenas deite-se com a coluna no chão, se a lombar não estiver confortável, coloque um almofadão ou uma toalha enrolada sob os joelhos. Relaxe os braços ao longo do corpo com as palmas levemente viradas para cima. As pernas totalmente relaxadas com os dedos dos pés levemente virados para fora. O savasana alivia o estresse, relaxando, restaurando e rejuvenescendo o corpo, a mente e a alma, reduz a fatiga. Contraindicações: lesão nas costas e gravidez.

Cursos com Fernanda Cunha:


Workshop de Yoga Dance
Data: 06 de Novembro de 2011
Local: Espaço Nirvana (Rio de Janeiro – RJ)
Infos: AQUI

Aula especial de Yoga Dance
Data: 19 de Novembro de 2011
Local: Studio Terra Yoga e Meditação (Alphaville – SP)
Infos: AQUI

Primeira Formação de professores em Yoga Dance do Brasil
Data: 05 a 18 de Dezembro de 2011
Local: Centro de Yoga Montanha Encantada (Garopaba – SC)
Infos: AQUI

Fernanda é professora e praticante de Yoga e tem se dedicado a inspirar as pessoas para a prática do Yoga, levando uma vida mais equilibrada, consciente e plena. Estuda a arte do Yoga como um todo, incluindo os mais variados estilos e suas ciências irmãs, como Meditação, Ayurveda e outras práticas holísticas.


Contatos:
(11) 8296-0300
fernanda@fernandacunhayoga.com
www.fernandacunhayoga.com


Corpo em dia

Por Madu Cabral

A falta de flexibilidade e de amplitude de movimentos são efeitos colaterais comuns do avanço da idade. Essas limitações podem ser responsáveis por maior predisposição a lesões traumáticas, segundo o médico especializado em medicina do esporte e ortopedia, dr. Milton Mizumoto.

Essa perda de flexibilidade conforme envelhecemos, explica dr. Mizumoto, pode acontecer pela falta de estímulos de alongamento do próprio aparelho músculo-tendíneo, assim como pela síndrome de má absorção dos alimentos ricos em vitamina C, esta necessária para hidroxilar os aminoácidos prolina, lisina e glicina para formar a tríplice hélice do colágeno.

Como todos os tecidos perdem sua capacidade funcional com o envelhecimento, a mucosa do aparelho digestivo também perde sua capacidade funcional de digerir e absorver os nutrientes biorreguladores com o envelhecimento.

O médico ainda esclarece que a perda de flexibilidade contribui para o maior tempo gasto para o relaxamento após a contração muscular, tornando os movimentos mais lentos.

O Yoga pode ser uma ajuda eficiente na prevenção desses sintomas da idade, além de outras medidas recomendadas pelo dr. Mizumoto:

• Sempre que se exercitar não se esquecer de alongar, obrigatoriamente não há necessidade de ser antes ou depois do exercício, poderá ser feito durante o dia ou no trabalho; o importante é que esteja alongando constantemente os músculos exercitados, pois a contração muscular do treinamento propicia a hipertrofia muscular concêntrica, o que contribui para o encurtamento do mesmo, caso não seja feito o alongamento.

• O alongamento muscular não melhora a qualidade da fibra de colágeno, o que melhora a qualidade da fibra de colágeno dos tendões e ligamentos é uma alimentação rica em aminoácidos e vitamina C.

• Exercícios como Yoga e tai chi contribuem com a manutenção da amplitude angular das articulações, pois solicitam estas de forma harmônica e não traumática.

Veja recomendação de sequência de posturas de Yoga.


Milton Mizumoto é médico formado na USP com título de especialista em Nutrologia. Medicina do Esporte e Ortopedia. Corredor desde 1986, hoje é diretor-médico da Corpore e colunista da revista eletrônica InCorpore-Se! 


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fortaleça seu circuito interno

Por Cláudio Fernandez

O Yoga pode trabalhar os chakras seguindo o mesmo caminho sugerido pelo reconhecido sábio Patanjali, autor do Yoga Sutra. Esse trabalho é importante, pois os hábitos comuns hoje levam todo nosso sistema de chakras ao desequilíbrio.

Os centros energéticos que sofrem maiores influências maléficas pelo estilo de vida atual são:

Swadisthana: em uma sociedade sexualizada ao extremo como a nossa, onde a publicidade associa o sexo a todo tipo de produtos para estimular o consumo, este chakra se encontra em grande desequilíbrio
Manipura: relacionado à digestão e a os processos fisiológicos de assimilação e distribuição de energia, é profundamente afetado pelo consumo de junk food e pelo estresse.
Anahata: a deterioração dos laços sociais, vida familiar e a superficialidade dos relacionamentos amorosos desequilibram este chakra, dificultando a percepção do que realmente é o amor.
Ajna: a saturação de informação e a velocidade dos meios de comunicação prejudicam o desenvolvimento da capacidade discriminatória própria desse chakra.

Cada degrau
Os kriyas (exercícios de purificação orgânica: http://www.yoga.pro.br/artigos/332/3027/kriyas-as-purificacoes-organicas) limpam o sistema de nadis (canais de energia vital pelo corpo) permitindo circular o prana (energia vital). Existem kriyas específicos para cada chakra.
Os asanas (posturas do Yoga) realinham e equilibram não só o corpo denso, mas influenciam também o corpo sutil. Cada asana abre e reconecta uma série de nadis a um ou mais chakras, criando um circuito de energia que, com a prática e o foco adequado, torna-se perceptível. Nesse estágio pode-se começar a prática de pranayama (exercícios respiratórios).

Cada pranayama, de acordo a seu tipo, concentrará o prana em determinados nadis e chakras, aumentando a capacidade de conduzir energia do nadi e ativando a função especifica do chakra.

Os bandhas (fechos de energia) e mudras (gestos feitos com as mãos ou com o corpo), associados aos pranayamas, ajudam a direcionar a energia a pontos ou circuitos específicos do corpo sutil.

Mais sutil
Quando asanas, pranayamas, bandhas e mudras são executados simultaneamente e coordenadamente, podemos direcionar uma enorme quantidade de prana para um circuito ou chakra. Isso produz naturalmente um estado de pratyahara (controle sobre as influências externas, clique aqui), que, quando sustentado junto com visualizações adequadas, permite mergulhar em chakra dharana (concentração que antecede o estado de meditação, clique aqui). Esse, quando sustentado pelo tempo necessário, produz chakra dhyana, que se caracteriza por um estado de conexão com um ou mais chakras autossustentado. Quando este estado é mantido pelo tempo suficiente, provoca chakra samhadi ou a revelação espontânea das funções e características do chakra e os estados de consciência a ele associados.

Prática direcionada
Existem vários asanas associadas a cada chakra, as características do praticante e do sadhana que pretende realizar devem ser levados em conta para a escolha adequada de uma prática, mas esses são alguns asanas, bandhas e mudras associados aos chakras:

Muladhara: mula bandha (contração dos esfíncteres) e baddha konasana (postura entrelaçada do ângulo).

Swadisthana: vajroli mudra, gomukasana (postura da cabeça de vaca, variação sem os braços nas costas, com as mãos sobre os joelhos).

Manipura: uddiyana bandha (fecho ascendente, tipo de contração abdominal), matsyendrasana (postura do senhor dos peixes).

Anhata: anjali mudra (gesto com as mãos juntas em frente ao peito), ustrasana (postura do camelo).

Vishuda: jalandhara bandha (contração da garganta, aproximando o queixo da parte superior da depressão jugular, na base do pescoço), sarvangasana (invertida sobre os ombros).

Ajna: jivha banda (contração da língua no palato mole), sambhavi mudra (sentar com os olhos abertos, mas dirigindo a atenção para o interior), sirshasana (invertida sobre a cabeça).


Cláudio Fernandez começou a prática de Yoga com 16 anos com uma discípula de Indra Devi e desde então mantém sua prática e pesquisa sobre Yoga. Praticou profundamente artes marciais desde os 12 anos: hung gar (estilo de kung fu do sul) aikido, ecrime romai (luta de facas cigana, parte de sua família é cigana e esta e uma prática tradicional só aberta a quem tem raízes ciganas) e capoeira angola. Foi bailarino contemporâneo, teve sua própria companhia de dança e é master em Pilates com mais de 15 anos de prática. Tem viajado para Índia para aprofundar seus estudos sobre o Hatha Yoga e seus textos clássicos e hoje tem 30 anos de prática de Yoga.

O próximo curso sobre Chakra Sadhana será no Rio de Janeiro nos dias 27 e 28 de novembro, para contato e informações: contato@espacopilates.com.br ou claudioyogapilates@gmail.com e por o telefone (21) 22257294


Yes! O chá verde ajuda a emagrecer

Por Marise Berg

Green tea, ou chá verde, é o nome popular da Camellia sinensis, planta nativa da Ásia. Ele contém quantidades substanciais de fitoquímicos que possuem propriedades antioxidantes, polifenóis, metilxantina, taninos e cafeína. O chá não fornece calorias, mas também não fornece quantidades significativas para as necessidades de energia, vitaminas e sais minerais.

Consumido em doses adequadas, será benéfico ao organismo. Tende a reduzir o nível de gordura e colesterol no sangue, diminuir o risco de doenças do coração, agir contra a coagulação do sangue e pressão alta, ajudar a prevenir cáries e combater o vírus da gripe.

Os flavonoides auxiliam nas atividades da vitamina C, melhorando a absorção e protegendo contra a oxidação. Eles podem ser obstáculos para as substâncias causadoras de câncer como as nitrosaminas associadas a alimentos defumados e os resíduos de fertilizantes como o Nitrato. A epigalocatequina, principal polifenol do chá, é um forte inibidor de células cancerígenas.

A metilxantina e a cafeína agem especificamente inibindo a enzima fosfodiesterase, mantendo o metabolismo de carboidratos ativo. No metabolismo dos lipídeos (gorduras), elas agem na inibição da enzima fosfodiesterase, mantendo a lipólise (degradação da gordura) ativa.

O seu consumo em excesso pode causar constipação, o excesso de fluoreto mancha os dentes e a cafeína em excesso causa insônia. Beber chá quente demais está relacionado ao câncer de esôfago e todos os chás bebidos às refeições reduzem a absorção do ferro dos alimentos.

Ayurvedicamente, o chá verde é amargo, doce e adstringente, frio e com um efeito pós-digestivo picante. Diminui pitta e kapha, mas, aumenta vata. É estimulante nervino, diurético e adstringente, e considerado por algumas pessoas como tendo uma natureza sáttvica (equilíbrio, harmonia). As formas refinadas de chá podem ter propriedades artificiais e danificar a sua força vital, portanto, é preferível um chá natural de boa qualidade.

É especialmente bom no verão, ajudando a neutralizar o calor e umidade dessa estação. É também eficaz para as enxaquecas. Em excesso, causa insônia, boca seca e sede, além de constipação e, pelo mesmo motivo, é bom para a diarreia.

O conteúdo de flavonoides e taninos varia de chá para chá, sendo o verde o maior, seguido pelo Oolong, depois o preto. O verde tem mais ação antioxidante e menos cafeína do que o preto. Adicionar leite ao chá desativa alguns taninos e fluoretos protetores.

Modo de preparo:
O preparo do chá com 3 a 5 g de folhas (de 1 a 2 e ½ colheres de chá) é considerado uma quantidade diária protetora.
– Ferver 1 xícara de água até 70° C e desligar o fogo.
– Adicionar de ½ a 1 colher de chá da erva.
– Tampar e deixar descansar por 2 minutos.
– Coar e beber ainda morno.

Referências:
POLUNIN, Miriam. Alimentos que curam. 2ª ed., São Paulo, Marco Zero, 2007.
ANGELIS, Rebeca. A importância dos alimentos vegetais na proteção da saúde. 2ª ed., São Paulo, Atheneu, 2006.
SIZER, Francis; WHITNEY, Eleanor. Nutrição – conceitos e controvérsia. 8ª ed., São Paulo, Manole, 2003.


Marise Berg é Terapeuta e Culinarista Ayurvédica. Estudante de Nutrição do Centro Integrado São Camilo, SP.


Cardápio Cabeça: alimentos amigos da vitalidade mental

Por Flávia Lippi

Ácidos graxos – ômega 3
Algas, semente de linhaça e peixes, como: sardinha, salmão, hadoque, atum e cavala.
Ação: facilitam a comunicação entre os neurônios, auxiliando a memória e a aprendizagem. Colaboram no tratamento de depressão, transtornos do humor e esquizofrenia.

Colina
Lecitina de soja.
Ação: participa da gênese dos neurônios e da síntese de neurotransmissores envolvidos na memória.

Antioxidantes
Frutas vermelhas, vegetais crucíferos (brócolis, couve), cenoura, alho, cebola, abacate, laranja, pimenta vermelha, azeite de oliva e nozes
Ação: protegem o tecido cerebral contra danos causados por radicais livres; ajudam a preservar as membranas dos neurônios. Em estudos, reverteram déficits de memória em animais de laboratório.

Vitaminas do complexo B
Verduras de folhas verde-escuras, leite, feijão, aveia, gérmen de trigo e castanhas.
Ação: combatem o estresse; a carência está relacionada a déficits de memória e de atenção. A suplementação pode auxiliar no tratamento de depressão.

Vitamina D
Leite, fígado, gema de ovo, salmão, atum, sardinha e cereais.
Ação: favorece as funções cognitivas. A falta pode contribuir para quadros psicóticos. É coadjuvante no tratamento da depressão.

Magnésio
Nozes, castanhas, oleaginosas e verduras de folhas verde-escuras.
Ação: acalma o sistema nervoso por isso é chamado de mineral do bom humor. Ajuda a evitar compulsões alimentares.

Anandamida
Chocolate amargo.
Ação: ativa o centro de recompensa no cérebro e reduz os níveis dos hormônios do estresse. Está em testes para tratamento de doenças neurológicas, como a esclerose múltipla.


Flávia Lippi é Master Coach pelo Behavioral Coaching Institute – EUA, Trainer pelo Instituto Integral de Coaching y Desarrollo Personal – Espanha, Busines Coach e Personal & Professional Coach pelo International Coaching Council – ICC. Membra emérita da SBC. Terapeuta Ayurveda pela Fundação Sri Vájera (Escola Yoga Brahma Vidya, ligada à Sudda Dharma Mandalam International, Índia). Trainer e Speaker Internacional. Docente em instituições nacionais e internacionais. Diretora do Instituto Idemap – Brasil – México e Instituto IDHL – Brasil – Londres. Autora dos livros, Coaching in a Box e Guia de Beleza Natural pela Matrix Editora do Brasil. Autora convidada do livro Ferramentas de Coaching, publicado em Portugal e com previsão de publicação no Brasil.
www.idhl.com.br / www.institutoidemap.com.br
(11) 96389637
flavialippi@flavialippi.com.br


Equilíbrio e juventude

Por Márcia De Luca

Vivemos em uma era de extremo movimento e excesso de estímulos externos que sobrecarregam nosso sistema nervoso.

Esse movimento – característica principal do dosha vata – é uma das causas do envelhecimento do ser humano e pode ser causa geradora de inúmeras doenças.

O Ayurveda (o sistema de cura mais antigo do mundo) nos ensina que devemos observar e respeitar os opostos para termos equilíbrio, o aquietamento é o campo fértil para todo tipo de cura e para nosso rejuvenescimento.

Ajuda ancestral

O Yoga pode ser um importante aliado na busca desse equilíbrio. Diferentes práticas e métodos dessa ciência milenar nos ajudam a diminuir os movimentos de nossa mente, trazendo o aquientamento e seus benefícios ao nosso dia a dia.

Essas práticas são cientificamente reconhecidas como uma ajuda na melhora da capacidade de concentração. Essa concentração deve permear nossas atividades diárias, pois, no momento em que você foca a atenção no momento presente, no aqui e no agora, passa a existir um só pensamento em sua mente e automaticamente o fluxo dos outros pensamentos diminui. Diminui o movimento dos pensamentos e quando a mente se aquieta o corpo acompanha.

E cada ação grava nas células uma memória que quando fortalecida gera o desejo de repetirmos a ação. A ação do aquietamento neste caso.
Esse novo hábito da filosofia de bem viver acrescentará vida aos nossos anos!


Márcia De Luca é professora, praticante de Yoga e especializada em Ayur-Yoga. Dá um Curso de Formação de Professores sobre o assunto. É autora do livro Ayurveda – Cultura de Bem Viver (Editora de Cultura) e apresenta na Rádio Eldorado os Boletins Filosofia de Bem Viver. www.ciymam.com.br.

Ministrará um retiro sobre Saúde e Rejuvenescimento de 12 a 15 de novembro em São Bento do Sapucaí (SP): ciymam.com.br/Ashram.html


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Kundaliní, o Poder Serpentino, e os Chacras

Por Pedro Kupfer (para o site www.yoga.pro.br)


O Yoga vê o homem como um reflexo do macrocosmos. A energia criadora que engendra o Universo manifesta-se no homem, que não está separado nem é diferente dela. O nome dessa energia é kundaliní. A nossa consciência individual é apenas uma das suas dimensões, pois energia e consciência não são coisas separadas. A ciência concorda com o Yoga em que o universo é um verdadeiro mar de energia. Eles diferem, entretanto, quanto ao significado dessa constatação. O Yoga diz que ela possui implicações pessoais profundas. Se a matéria é de fato vibração, então o corpo humano, que faz parte do mundo material, também está feito de energia. Consciência e energia estão intimamente ligadas, sendo dois aspectos da mesma realidade.


O corpo humano não é apenas matéria inconsciente ou uma carcaça habitada por uma alma etérea, mas uma realidade vibratória animada pela mesma consciência que anima a própria mente. Por isso, deveríamos deixar de vê-lo como algo diferente do nosso ser "invisível". Pense no seu corpo como um receptáculo de energia cósmica, um aglomerado de átomos conscientes, construído à imagem do macrocosmos. A consciência vibra em cada uma das suas células, o prána está presente em todos seus tecidos. Quando corpo e mente se unem, a consciência do corpo sutil começa a revelar-se.


O Yoga afirma: você é a própria existência. Toda divisão do tipo corpo-mente, carne-espírito etc. é pura especulação. A diversidade aparece dentro da Unidade, sem separar-se dela. A existência é uma continuidade que se estende desde o princípio da Consciência (Purusha) até o aspecto mais denso da matéria. O microcosmos reflete o macrocosmos: o infinitamente grande é igual ao infinitamente pequeno. É sabido que o homem utiliza menos de dez por cento da capacidade do seu cérebro. O Yoga é um caminho para desenvolver os outros noventa por cento e penetrar em dimensões desconhecidas do nosso ser.


Kundaliní é a detentora da força, o suporte e o poder que move não apenas o indivíduo, mas também o Universo. Macrocosmicamente, ela é Shaktí, Prakriti, a manifestação do poder de Shiva. Na escala humana é a energia, o motor, a causa do movimento e da vida do indivíduo. O despertar dessa força conduz à iluminação. A kundaliní representa-se no homem como uma serpente adormecida, enrolada três vezes e meia em torno do shivalingam (o falo, símbolo do poder gerador masculino), obstruindo com a sua cabeça a entrada da sushumná nádí, o canal mais importante dos que veiculam os alentos vitais, situada na base da coluna vertebral, no chacra chamado múládhára.


O despertar da kundaliní produz um calor muito intenso. A sua ascensão através dos chacras, num processo sistemático e gradual, desenvolve poderes latentes. O processo consta de duas etapas: na primeira, o yogin procederá à saturação prânica do organismo através dos exercícios, a segunda é o despertar em si. A técnica consiste em concentrar o prána em idá e pingalá nádí, levando essa energia para o múládhára chacra. O iogue faz com que o prána chegue até onde reside a kundaliní, cessando esta então de circular pelas duas nádís e concentrando-se na entrada da sushumná, que está bloqueada pelo primeiro nó, o brahmagranthi.


Transposto este obstáculo, acontece o despertar e desenvolvem-se os fenômenos subsequentes: ascensão pela sushumná nádí, penetração e ativação dos centros de força e samádhi, que acontece quando a serpente chega ao sétimo chacra, chamado sahásrara, no alto da cabeça: "Um clarão intensamente abrasador brota no corpo. Kundaliní adormecida, aquecida por esse abrasamento, desperta. Tal como uma serpente tocada por uma vara, ela levanta-se sibilando; como se entrasse em sua toca, introduz-se na brahmanádí (sushumná)." Hatha Yoga Pradípika, III:67-6.


Os chacras são os centros de captação, armazenamento e distribuição de energia no corpo. Literalmente, chacra significa roda, disco ou círculo. Também recebem o nome de padmas ou lótus. Existem milhares de centros de força distribuídos pelo corpo todo, porém, para efeito da prática, nos ocuparemos apenas dos sete principais, que se encontram ao longo da coluna vertebral e na cabeça. Eles são: múládhára, swádhisthána, manipura, anáhata, vishuddha, ájña e sahásrara chacra. Estão unidos entre si pelas nádís, os canais de circulação da energia, como se fossem pérolas de um colar.


A aparência desses chacras é circular, brilhante, como pequenos CDs, de quatro ou cinco dedos de largura, que giram vertiginosamente. O elemento que corresponde a cada chacra determina a sua cor. Cada um tem um bíja mantra, isto é, um som semente, ao qual responde quando é devidamente estimulado. Representam-se com um número definido de pétalas, sobre as quais aparecem inscritos fonemas do alfabeto sânscrito, os bíjas menores, que simbolizam as manifestações sonoras do tipo de energia de cada chacra. Dessa forma, cada fonema estimula uma pétala definida de um chacra. Esse é o motivo pelo qual o sânscrito é considerado língua sagrada: o seu potencial vibratório produz efeitos em todos os níveis.


Cada chacra tem igualmente uma deidade e uma shaktí, com diferentes nomes, atributos, emblemas etc. Isto não significa que no corpo sutil existam pequenas imagens de deusas e deuses cheios de braços e cabeças, e armados até os dentes, assim como não há neles diagramas geométricos ou animais imaginários. São símbolos das propensões e latências samskáricas associadas a cada centro. Esses símbolos falam diretamente à mente subconsciente. Não precisam ser "interpretados". A única coisa a fazer é observar-se frente a eles, e às emoções que despertam.


Quando você visualiza, por exemplo, uma shaktí carregando uma caveira cheia de sangue ou uma espada na mão, deve prestar atenção à reação que essa imagem provoca na sua consciência. Isso tem por objetivo detectar seus condicionamentos, para poder trabalhar sobre eles. Preste muita atenção a esses detalhes. Observe-se atentamente o tempo todo, porém, com mais cuidado ainda enquanto acompanha a construção mental dessa parte dos chacras. Compare essas vivências e seus resultados, e veja como elas mudam de chacra para chacra. Se em algum momento você percebe que um símbolo destes provoca uma reação como medo ou surpresa em você... atenção! Pode ser sinal de que poderá ter uma revelação sobre si próprio nos próximos minutos. Observe-se. Observe-se o tempo todo.


Entretanto, a experiência com essas imagens só pode ser aproveitada devidamente quando o praticante consegue um bom grau de auto-observação. Se você for iniciante, pule a descrição das deidades e trabalhe apenas sobre os símbolos geométricos e as cores dos tattwas, que já são por si só muito poderosos. Existe uma analogia entre os chacras e os diversos plexos do corpo físico, mas é um erro querer identificá-los com as partes da anatomia humana.


Ao meditar nos chacras, você não deve prestar atenção ao corpo físico, mas ao corpo sutil, no espaço interior. Pense nos chacras como redemoinhos com o centro mais claro que as extremidades, girando vertiginosamente em ambos os sentidos. Você poderá perguntar: "em ambos os sentidos? Como assim?" Assim mesmo. Os chacras giram em ambos os sentidos. E giram muito rapidamente.


O processo respiratório não é apenas inspirar ou apena expirar. Os chacras não giram só para a direita ou só para a esquerda. O universo é expansão e recolhimento, em todos os planos. Quando se medita sobre um chacra, uma das coisas que se precisa fazer é ver qual é o movimento dominante nele, se horário ou anti-horário. O movimento horário faz com que o chacra projete energia para fora. O anti-horário é para captar energia do ambiente. Isto é fácil de se conseguir com um pouquinho de prática, usando a intuição. Raramente falha.


Como acabar definitivamente com a dúvida sobre o sentido do giro? Yata Brahmande tata pindade: assim como é no Universo, assim também é no ser. O mesmo exemplo que se usa na física para explicar o fluxo dos campos magnéticos, se aplica perfeitamente ao movimento dos chacras.


Faça assim: feche o punho da sua mão direita e deixe o polegar para cima. Com uma caneta, desenhe uma flecha na gema do polegar e uma flecha nos lados visíveis dos dedos indicador e mínimo, com as pontas voltadas em direção às unhas.


Lembre que a energia sempre circula desde o punho para as pontas dos dedos. O polegar simboliza a energia que entra ou sai do chacra. Vamos checar, por exemplo, em que sentido está girando neste momento seu swadisthána chacra. Feche os olhos e concentre-se no chacra.


Observe-o, respirando profundamente durante alguns instantes. Concentre-se no sentido do giro. Se o chacra estiver girando em sentido horário (ou seja, se estiver girando no mesmo sentido que os ponteiros do relógio, quando você olha de frente para ele), você apoia o punho com o lado do dedo mínimo voltado para o seu ventre.


O giro do chacra coincide com o sentido da seta que você desenhou no dedo mínino. Aí você repara que a energia está saindo, conforme indica a seta do seu dedo polegar. Se for ao contrário, se o seu chacra estiver captando energia do ambiente, ele tenderá a girar em sentido anti-horário. Nesse caso, observe a seta desenhada no seu dedo indicador e volte o polegar em direção ao seu ventre. Isso vai lhe dar a pauta do movimento predominante. Mas não esqueça que eles giram em ambos os sentidos.


Faça o seguinte experimento: encha um aquário com água limpa. Prepare separadamente dois copos de água tingida com anilina da mesma cor: um deve ser de cor bem intensa, enquanto o outro deve ter uma cor mais clara. Jogue ambos os líquidos coloridos ao mesmo tempo no aquário e observe. O que você vê? Quando as águas se misturam, dá a nítida sensação de que a cor mais forte está "entrando" na cor mais clara. Mas, em verdade, o que acontece é que as partículas de água mais clara também estão "entrando" na água mais escura. Da mesma forma, quando você vê um chacra girando, apenas percebe o movimento aparente dele, aquele que prevalece. Os chacras sempre giram em ambos os sentidos, mas sempre predomina um.


Curso com Pedro Kupfer


Yoga Ayurveda e Liberdade

Márcia De Luca e Pedro Kupfer

Data: 29 e 30 de outubro
Horário: sábado das 9h às 17h domingo das 9h às 13h
Local: Yoga Flow CIYMAM (São Paulo-SP)
Infos AQUI


Pedro Kupfer é professor de Yoga, mora em Mariscal - SC e é editor do site http://www.yoga.pro.br/inicial.php.


Pranayama 24 horas


Por Nubia Teixeira

A palavra pranayama é derivada de dois termos em sânscrito: prana, que significa energia vital e ayama, que significa controle e expansão. A intenção dessa prática é respirar de forma consciente. O volume desse prana, que circula dentro do nosso corpo, determina nosso nível de vitalidade.

A melhor forma de praticar os exercícios respiratórios do Yoga é se concentrar totalmente na prática, sentado de maneira apropriada, mas existem formas de trazer a prática para sua vida diária se você achar que não tem tempo suficiente para se dedicar a uma prática de meditação e pranayama.

Os exercícios respiratórios podem ser praticados em diferentes horas do dia e trazem mais luz e energia para sua vida. Os três exercícios a seguir podem ser feitos quando acordar, ainda na cama, deitado (sem travesseiro) com barriga para cima e joelhos flexionados, pés apoiados na cama afastados na distância do quadril (swara shavasana). Veja a descrição de cada um e como executá-los.

1. Adhama – Respiração abdominal

Deite-se na postura acima descrita, relaxe os ombros e traga as palmas das mãos no abdome, descansando os cotovelos na cama. Inspire pelas narinas, relaxando os músculos do abdome e expandindo-o em direção a caixa torácica. Expire pelas narinas, contraindo o abdome e levando o umbigo em direção a coluna. Concentre toda sua atenção na área abdominal, massageando seus órgãos internos com o movimento. Encontre o mesmo ritmo para a inspiração e expiração e relaxe sua mente nesse ritmo. Repita pelo menos 12 ciclos dessa respiração.

2. Madhyama – Respiração no diafragma

Na mesma posição, leve suas mãos para a caixa torácica de modo que as pontas de seus dedos se toquem e mantendo os cotovelos para baixo. Mantenha o peito aberto e os ombros para baixo. Enquanto inspira, expanda sua caixa torácica para fora e para cima, preenchendo o diafragma com ar. Note que as pontas dos dedos se afastam. Em sua expiração, contraia o diafragma, movendo a caixa torácica para dentro e as pontas dos dedos se juntam novamente.

Novamente a inspiração e a expiração devem ter a mesma duração.

Essa respiração ajuda a digestão e estimula o plexo solar. Repita por pelo menos 12 ciclos.

3. Uttama – Respiração torácica

Deitado na mesma posição com as mãos próximas ao quadril inspire e expanda o tórax para cima em direção ao teto e as laterais do peito para fora. Expire enquanto contrai os pulmões e move toda a parte superior do tronco em direção ao esterno, concentrando-se nesse ponto. Esse exercício pode ser feito com um bloco bem atrás do centro do coração (no espaço entre as escápulas) e outro bloco dando suporte à parte de trás da cabeça. Inspirações profundas e suaves com expirações de mesma duração; repita por pelo menos oito ciclos.

Bom dia!

Você pode fazer os exercícios acima sucessivamente, fazendo uma pequena pausa (dois matras) entre cada fase da inspiração e então expire fazendo uma pequena pausa (dois matras) entre cada fase da expiração. Dessa forma:

Inspire no abdome – pause por dois matras
Inspire em seu diafragma – pause por dois matras
Inspire em seu peito – pause por dois matras
Expire em seu peito – pause por dois matras
Expire em seu diafragma – pause por dois matras
Expire em seu abdome – pause por dois matras
Você deve fazer pelo menos três ciclos deste pranayama.

Use o pranayama como ferramenta de sua prática de introspecção e autoconhecimento, para entrar em contato com seu Espaço Interno Sagrado, criando a abertura para conectar-se com a Fonte de Nutrição Universal.

Curso Relacionado:
Bhakti Bliss na Bahia, com Jai Uttal, Nubia Teixeira e Daniel Paul
Local: Eco Village Piracanga 
Data: 27/12/11 a 04/01/12
Infos: nubiacoruja@gmail.com 

Nubia Teixeira começou a praticar Yoga aos 16 anos e passou os últimos 20 anos se dedicando às artes de cura, Bhakti Yoga (Yoga Devocional) e à dança clássica indiana conhecida como Odissi. Hoje mora na califórnia com seu marido Jai Uttal e seu filho Ezra Gopal e viaja pelo mundo compartilhando o Yoga em suas aulas de Heart Flow Yoga. http://www.bhaktinova.com/


Supertoque


A psicóloga Bia Severino usa em seu trabalho estudos da psique na área da Física Quântica destinados ao equilíbrio das emoções, permitindo aos pacientes o confronto com seus lados "sombrios" na busca de sua integração.

Com o objetivo de transformar o ser humano, Bia usa o processo quântico para integração da mente, corpo e espírito. Saiba um pouco mais sobre essa técnica.

1. O que é o toque quântico?

Toque Quântico (TQ) é um método de cura pelas mãos que deve ser visto para ser acreditado. Empregando apenas um rápido toque em si mesmo ou em outros, é possível acelerar profundamente a resposta de cura do próprio corpo.
Através de técnicas de respiração, meditações de despertar corporal e posição das mãos, criamos um estado que estimula as células a voltarem ao estado original saudável na região afetada.

Toque Quântico é a única modalidade de energia que os Conselhos Estaduais de Enfermagem dos Estados Unidos e o Conselho Nacional de Certificação de Massoterapeutas aceitam para a recertificação periódica de seus profissionais.

2. Quais os maiores benefícios dessa técnica?

Pessoas que se interessam por autocura têm um benefícios maravilhosos dessa técnica, com efeitos rápidos e práticos.
O efeito é tão imediato e extraordinário que podemos ver, de fato, ossos realinharem-se no corpo de forma espontânea, apenas com um leve toque. Além do realinhamento estrutural, dores e inflamações são rapidamente amenizadas enquanto órgãos, sistemas e glândulas entram em equilíbrio. Praticantes na área da saúde (fisioterapeutas, reikianos, reflexologistas, enfermeiros e todas as outras modalidades que se ocupam com o bem-estar) concordam que o TQ potencializa qualquer técnica.

3. Como o TQ pode melhorar o desempenho de atletas?

Pelo desenvolvimento da consciência do corpo e de que toda cura é autocura o atleta melhora sua performance, pois se torna mais seguro e confiante.

Através do desenvolvimento da consciência do corpo o individuo torna-se mais responsável pelo que faz ao seu próprio corpo e diminui os riscos de lesões.

4. Qual a relação entre Yoga e Toque Quântico?

O QT ensina você a entender e lidar de forma harmoniosa com o seu corpo físico, mental e espiritual e potencializa o bom resultado de todas as praticas. 

5. Como o Toque Quântico pode ajudar um professor de Yoga e seus alunos?

O professor terá uma ferramenta de altíssima e eficiente qualidade nas mãos e assim poderá ajudar seus alunos no caso de lesões e problemas crônicos.