Por Amit Goswami
extraído
do livro O Ativista Quântico (Ed. Aleph, 2009), de Amit Goswami
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A física quântica
pode ter um caráter preditivo e determinista para um grande número de coisas;
contudo, para eventos isolados e/ou objetos individuais, existe espaço para a
liberdade de escolha e para a criatividade.
Por que não
podemos usar nossa liberdade de escolha para criar nossa própria realidade e
fazer com que só aconteçam coisas boas? Essa é uma boa pergunta. E como é
possível não estarmos conscientes de que estamos fazendo escolhas da maneira
como sugeri? Esta é a resposta crucial. O estado de consciência a partir do
qual fazemos escolhas é um estado mais sutil, extraordinário, de uma consciência
interconectada na qual somos todos um, uma consciência quântica “superior”. Por
isso, é apropriado chamar de descendente a causação dela proveniente, e de Deus
a sua fonte.
Veja, a unidade
interconectada da consciência é aquela em que as conexões se dão sem sinal; o
nome técnico para essas conexões sem sinal é não localidade quântica. Como você
deve saber, na teoria da relatividade de Einstein todas as interações no espaço
e no tempo devem ocorrer por meio de sinais. Assim, para usar as palavras do
físico Henry Stapp, a causação descendente não local deve ocorrer “fora” do
espaço e do tempo, embora seja capaz de produzir um efeito – a realidade – no
espaço e no tempo.
Se você percebeu
paralelos entre essa ideia e a evocação que costuma ser feita em discussões
espirituais de alto nível – “Deus é tanto transcendente ao mundo como imanente
a ele” –, isso é bom. Antes do advento da física quântica, era desse modo que
os mestres espirituais tentavam mostrar que a relação entre Deus e o mundo não
é dualista. E quando as pessoas leigas se queixavam da obscuridade dessa
afirmação, eles diziam que Deus é inefável, o que só aumentava a dificuldade de
compreensão.
Na nova ciência,
a relação entre Deus e consciência e a consciência comum egóica é clara: na
segunda, conexões e comunicações devem usar sinais; na primeira, a comunicação
sem sinal é a norma.
A existência de
comunicações não locais entre pessoas foi confirmada e replicada em milhares de
experimentos. Como as interações materiais nunca podem simular a não
localidade, essa prova experimental da existência de Deus, visto como uma
consciência superior, uma interconexão não local de todas as coisas, é
definitiva.
Temos
livre-arbítrio? Se somos capazes de acessar nossa consciência superior e fazer
escolhas a partir dela, pode apostar que sim; temos a total liberdade de
escolha dentre as possibilidades quânticas apresentadas em qualquer ocasião.
Dispomos de livre-arbítrio para escolher o mundo, bem como Deus e a natureza
divina, a criatividade e a transformação espiritual.
A física quântica
é a física das possibilidades, e sua mensagem incontroversa é que temos
potencialmente a liberdade de escolher, dentre essas possibilidades, resultados
que podem ser vivenciados.
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