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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cidade Agra


Como explicar se o Taj Mahal já foi um templo hindu dedicado à Shiva ou se é uma materialização de um sonho místico revelado a um sufi: o mapa do juízo final? Um palácio ou um túmulo? Quem assina a construção? Qual mesquita é voltada para Meca? Se um Taj Negro seria construído na outra margem do rio ou se os artesãos tiveram as mãos amputadas para não reproduzirem a beleza do Taj em outras obras? Será que ele está afundando?

Atualmente, o Taj Mahal, Agra Fort e Fatehpur Sikri foram nomeados pela Unesco Patrimônios da Humanidade. É seu! Então vá lá, ver e viver a Índia que você pode chamar de eterna, mas que sempre se renova.

O império mongol, que começou e terminou com guerra (séculos XVI e XVII), deixou criações que são relicários na história da Índia. Agra é a glória dos imperadores mongóis, representa um encontro célebre de amor, ódio, morte e arte. Situada às margens do Rio Yamuna, ao sul de Délhi, passou por períodos de glória, esplendor e muitos reveses de dominação. Território muçulmano, mas de um Islã persa, delicado, agradável e ornamentado.

Eu recomendo pelo menos dois dias para que não se sinta imediatamente absorvido pela vontade de ver logo o Taj Mahal.

Visite primeiramente o Agra Fort, mistura de forte e palácio, morada do grande imperador Akbar. Passeando pelos cômodos, jardins, pátios e galerias, de repente sua visão é atraída: e através das janelas vê-se emoldurado, separado pelo rio e por quase cem anos, o Taj Mahal.

O Taj, escolha visitá-lo ao nascer do sol ou então ao entardecer, a multidão é o maior obstáculo. Respire a simetria, beleza, unidade, presença, forma, cor, harmonia e então com o espírito vazio, fuja do percurso tradicional e perca-se nos jardins para captar aquela foto com uma flor ao lado, indianas com sáris coloridos, homens com turbantes magníficos, os desenhos diamantados das pedras no chão ao lado do espelho d'água, o palácio ao fundo como testemunha. Sinta a harmonia revelar-se, deixe-se invadir.



Línguas: Inglês, Hindi e Urdu.

Quando ir: outubro a março, o verão é muito quente, as temperaturas variam entre mínimas de 21º C e máximas de 45º C, no inverno mínimas de 4º C máximas de 31º C. De junho a setembro chove; são as monções.

Como chegar: avião, trem, ônibus; o aeroporto mais próximo é em Délhi, você pode seguir de trem, ônibus ou carro alugado. Agra é conectada a várias cidades grandes, está a 204 km de Délhi, 237 km de Jaipur e 395 km de Khajuraho.


Onde ficar:

5 Star – Plus

HYPERLINK "http://www.oberoihotels.com/oberoi_amarvilas/index.asp"http://www.oberoihotels.com/oberoi_amarvilas/index.asp

5 Star

HYPERLINK "http://www.tridenthotels.com/agra/index.asp"http://www.tridenthotels.com/agra/index.asp

4 Star

HYPERLINK "http://www.jaypeehotels.com/jp-page.php?id=jpWelcome"http://www.jaypeehotels.com/jp-page.php?id=jpWelcome

Intermediário

HYPERLINK "http://www.amaryatriniwas.com/about.aspx?pg=abt"http://www.amaryatriniwas.com/about.aspx?pg=abt

Baratinho

HYPERLINK "http://www.mayainmagic.com/"http://www.hotelsidhartha.com/


Explore a cidade:

Agra Fort – mistura forte e palácio, construído no Século XVI e embelezado por vários imperadores, nos dá uma amostra do esplendor da Índia. Com 2,5 km de muros, esconde um paraíso em seu interior. Entre imaginando as cores, as músicas, as mulheres com roupas coloridas, as intrigas palacianas e a extravagância de um imperador. Tire os sapatos e visite a mesquita de mármore branco como uma perfeita pérola – Moti Masjid, as salas de audiências públicas e privadas, o quarto onde Shah Jahan morreu em 1666 olhando sua obra, o Taj Mahal.

Taj Mahal Taj (coroa) Mahal (palácio) – um monumento dedicado ao amor de Sha Jahan por sua esposa Muntaz Mahal. Data de 1631. Sua construção durou cerca de 20 anos. Um dos mausoléus mais belos do mundo construído em mármore branco com pedras semipreciosas incrustadas. O mármore branco translúcido foi trazido de Makrana/Rajastão, o jaspe do Punjab, jade e cristal da China, a turquesa veio do Tibete e lápis-lazúli do Afeganistão e safiras foram trazidas do Sri Lanka. Mais de 20.000 trabalhadores foram empregados na construção e mais de 1.000 elefantes foram usados para transporte de materiais para construção. Absolutamente perfeito em todos os sentidos. A glória da perfeição estética.

- O portal de entrada do Taj Mahal – se não existisse o Taj, o portal de entrada já seria de tirar o fôlego, valeria a visita. Não passe por ele sem sentir sua imponente delicadeza.

*Fechado às sextas-feiras.*

Dica: no Taj não entram tripés para câmeras e filmadoras, baterias, celulares, fios, I-pods, canetas, carregador de bateria, já vi pessoas deixarem muitas coisas na chapelaria. Leve a santíssima trindade (passaporte, dinheiro e tickets de viagem) e sua máquina fotográfica.

A Mesquita e o Jawab – à esquerda do Taj está a mesquita feita de arenito vermelho. No Islã é comum construir uma mesquita próxima a um túmulo, santifica a área e proporciona um local para adoração e prece. Ainda utilizada para preces às sextas-feiras. Tem uma mesquita idêntica construída à direita, chamada de Jawab (responder, corresponder), mas as preces não são feitas nela, pois está na face Oeste, isto é, não voltada a Meca, a cidade sagrada dos muçulmanos. Construída para manter a simetria.


- Ram Bagh – um dos mais recentes Jardins Mongóis. Criado pelo Imperador Babar que, segundo a história, foi enterrado temporariamente neste jardim antes de ser enterrado em Kabul. Influências persas podem ser notadas no desenho do jardim na forma como lembra um paraíso islâmico.


- Soami Baghsamadhi do fundador da Fé Radha Swami, “Swamiji Maharaj”, é uma construção magnífica de puro mármore branco com entalhes incríveis e delicados nos arcos e pilares.


- Sur Sarovar – Lago Keetham – no interior da Surdas Reserve Forest, é um lago pitoresco e tranquilo, ideal para relaxar e observar a variedade de peixes e pássaros.



Onde comer:

- AmarVilas – mesmo que você não vá para o jantar, o bar tem uma ótima seleção de vinhos e drinks, com uma vista de tirar o fôlego do Taj Mahal.


- Hotel Jaypee – tem um excelente buffet continental e também um restaurante/café aberto 24 horas.


- Mughal Bar – no último andar do Hotel Clarks Shiraz, com uma grande variedade de bebidas, mas o que inebria mesmo é poder desfrutar de uma maravilhosa vista do Taj Mahal.


- Zorba o Buddha – nouvelle couisine indiana, baseada no conceito de Osho: “My Concept of the new man is that he will be Zorba the Greek and he will also be Gautam the Buddha: the new man will be sensuous and spiritual, physical, utterly physical, in the body, in the senses, enjoying the body and all that the body makes possible and still a great consciousness, a great witnessing will be there. He will be Christ and Epicurus together.”

HYPERLINK "http://www.zorbarestaurantagra.com/"http://www.zorbarestaurantagra.com/


- Only Restaurant – variada cozinha mughlai, continental e chinesa, os garçons são amigáveis e eficientes e os músicos tocam sarangi e tabla ao vivo. Se você tiver sorte verá também um show de dança e na entrada um indiano com algumas cobras para acariciar e tirar fotos.

Fica na Taj Gunj – Telefone 0562-2364333 / 2266508, ligue antes para reservar e checar os horários de almoço e jantar.


- Pizza Hut

HYPERLINK "http://divinelifesociety.org/"http://divinelifesociety.org/


- MC Donalds

HYPERLINK "http://www.mcdonaldsindia.net/locator.aspx"http://www.mcdonaldsindia.net/locator.aspx



Onde comprar:


Sadar Bazaar – o mercado está localizado próximo da estação ferroviária de Agra, é muito disputado na cidade. Especialmente pelos diferentes itens de artesanato, é o melhor lugar para comprar couro e itens de mármore. Use muito o seu poder de barganhar!


Há uma série de livrarias, Vimal Book Depot, Depot Ajay Book, Ashish Book Depot, National Book House e muito mais.


SAGA Department Stores Ltd. – chic, very chic. Você pode até enviar suas compras por navio. Adoro o atendimento, as joias, sedas e brocados, tapetes, finos xales e blusas em caxemira, artigos de decoração, aromaterapia. Tem também uma demonstração de como hoje fazem as peças com a técnica de “Pietra Dura”, utilizada para adornar o Taj Mahal.

Near Gopal Nursery, Fatehabad Road, Agra, U.P. Phone - 0562-2233117/ 2233118. HYPERLINK "http://www.sagastores.com/network.htm"http://www.sagastores.com/network.htm

Para ler antes ou durante:

Sua resposta vale um milhão – Vikas Swarup

A feiticeira de Florença – Salman Hushdie

The fest of roses – Indu Sundaresan (HYPERLINK "http://www.amazon.com/"http://www.amazon.com)

The Mughal Emperors: And the Islamic Dynasties of India, Iran, and Central Asia – Francis Robinson

*Todas essas indicações são encontradas na internet.

Assistir em DVD

Quem quer ser um milionário, Danny Boyle (filme ganhador de 8 Oscars em 2009)

Nome de família – The Namesake, Mira Nari

Um casamento à Indiana, Mira Nari


Mas... Prepare-se:


O trânsito em Agra é bastante intenso, se os deuses estiveram acordados, as procissões de casamentos são numerosas.


Os motoristas de rickshaw são terríveis! Hotéis e lojas combinam comissões e eles querem te levar a todo custo, mesmo que seja “só para ver”.


Se você aprecia pedras preciosas, mas não é um profundo conhecedor, melhor não se deixar enganar, nem pelo brilho, nem pelo preço.


Os vendedores ambulantes e lojistas próximos ao Taj Mahal são insistentes e agressivos, a maioria vende miniaturas do Taj Mahal em pedra sabão e não em mármore. Tudo bem comprar uma, mas desde que pague o preço certo. “Não compre mármore e leve sabão”!


A neblina pode não te deixar ver o Taj Mahal parecer rosado ao nascer do sol, a poluição pode encobri-lo no pôr do sol, não deixe que essas expressões românticas impeçam que você aprecie sua vez. Faça suas próprias poesias com a realidade do seu momento.


Atenção com o que é permitido levar para dentro dos monumentos, assim não precisará preocupar-se com guardadores.



*Essas dicas são de lugares onde estive ou que me foram recomendados – se você tiver dúvidas ou sugestões, por favor, escreva-me via email ou através do blog.


Marlei é professora de Yoga e guiou muitos grupos pela Índia, Nepal, Tibete, Butão, Tailândia, Indonésia e Sri Lanka.
Para ver as histórias de suas viagens, acesse: HYPERLINK "http://www.omsharanam.blogspot.com/" omsharanam.blogspot.com
Para mais informações sobre roteiros: HYPERLINK "mailto:marleicaroli@gmail.com" marleicaroli@gmail.com




”Agra”da - Des“Agra”da – S”Agra”da – Um romântico despertar!


Passando por Fatehpur Sikri pela primeira vez, deixei lá um cordãozinho amarrado na tumba do santo milagroso da cidade – Shaikh Salim Chisti. Eu tinha muitos pedidinhos na mente e no coração, resolvi escolher logo três, como se faz com a “fitinha do Bonfim”.


Cheguei a Agra na véspera do Valentine’s Day, 13 de fevereiro de um ano muito auspicioso.


E Agra lançou seu feitiço sobre mim! Casamentos, círculos de fogo, rituais, guirlandas, procissões animadas e dramáticas, coloridas e ruidosas, noivos em cavalos brancos, memória exótica ligada ao chamado de poder e amor do Taj Mahal.


Despertei de madrugada, já era dia 14 de fevereiro daquele ano auspicioso, e com o coração alegre, leve, feliz e cheio de magia. Agasalhei-me para ver o Taj Mahal, o maior símbolo de amor impresso na superfície da terra.


Para completar o percurso do estacionamento de ônibus até a entrada, fui em uma carroça puxada por um camelo muito mal-humorado, mas era tão incrível a situação que achei pitoresco até os resmungos dele. Sabe aqueles momentos que nada pode estragar sua felicidade?


Ainda escuro e com o ticket de entrada nas mãos, eu tremia de frio e alegria. A revista de corpo é obrigatória e tem também uma lista de objetos que não podem ser levados na mochila. Caminhei até o portal de entrada, magnífico, esperei o dia clarear.


O ar ficou mais gelado, mas eis que ele começou a surgir ao longe, rosa suave, como se estivesse esquentando na bruma fria seu mármore translúcido e cheio de cristais brilhantes, do rosa passou ao dourado, suave como um sonho.


Minhas pernas tinham vontade de atender meu coração e sair correndo para tocá-lo, ver de perto, estar, sentir, cheirar, ouvir, cantar Ommmmm dentro dele. E fiz tudo isso: entrei, toquei, cheirei, cantei e constatei que o monumento é mais imponente nos cartões postais, pôsteres e revistas. De perto, de dentro, não é tão grande, tem uma atmosfera acolhedora e que não intimida, convida a experimentar a beleza que pode ser criada pelo homem, como expressão de seu coração e ficar como impressão, como uma explicação para quem virá.


Sei de pessoas que não tiveram a mesma sorte, ou tiveram sorte maior, mas fiquei satisfeita com o que vi. Classifiquei como uma mistura de “extravagância e essencialidade”.


… Ah, os pedidinhos, todos se realizaram: no mesmo ano voltei várias vezes à Fatechpur Sikri, acompanhada por um amor cuidadoso e trilhando novos caminhos externos que abriram outros caminhos internos.


Deixei de ser turista (aquele que quando chega já está pensando na volta) e tornei-me uma viajante (aquele que não tem tempo para voltar).


Com tempo e dedicação comecei a estudar a história, cultura, geografia, filosofia, aspectos populacionais, tudo que pode ajudar a entender a Índia, sua reserva de crenças, lendas e rituais, aprender o vocabulário do mundo, oportunidade de me desfazer de bloqueios, foi como um mergulho no passado, no registro, ou mais simples que isso, a busca de uma verdade que existe em algum lugar.



Did you ever build a castle in the air? Here is one, brought down to earth, and fixed for the wonder of the ages...

(Bayard Taylor, American novelist 1855)


“É uma lágrima no rosto da eternidade!”

(Rabindranath Tagore, poeta indiano, 7 de maio de 1861 – 7 de agosto de 1941)


Marlei é professora de Yoga e guiou muitos grupos pela Índia, Nepal, Tibete, Butão, Tailândia, Indonésia e Sri Lanka.
Para ver as histórias de suas viagens, acesse: HYPERLINK "http://www.omsharanam.blogspot.com/" omsharanam.blogspot.com
Para mais informações sobre roteiros: HYPERLINK "mailto:marleicaroli@gmail.com" marleicaroli@gmail.com




Paz

Incorporar a paz

Para atrair paz precisamos nos tornar a própria paz – ou melhor, reencontrá-la dentro de nós mesmos, uma vez que ela é a nossa essência.


Há duas ótimas meditações para incorporarmos a paz:


Repetir o mantra Shanti, paz em sânscrito.

Repetir o mantra Lokah Samastah Sukino Bhavantu (pronuncia-se: “locá, samastá, suquinô, bavantú”), que denota a intenção de paz entre os seres humanos.


Ao acessarmos o campo da pura potencialidade, colocando lá nossa intenção de paz, ela se fortalece e vai sendo gravada em nossa memória celular. Ao terminar a meditação, precisamos manter a atitude pacífica e pacificadora ao longo de todo o dia, todos os dias. É assim que verdadeiramente incorporamos a paz.



Pensar a paz

Nada existe que não tenha sido pensado em algum momento. Os pensamentos são poderosos e se transformam em realidade.


A intenção de paz fortalece ainda mais um pensamento – que projetado na consciência coletiva, tornará o mundo seu reflexo.


Vale todo tipo de pensamento de paz: com os vizinhos, com a família, com os companheiros de trabalho. E também no nível macro: de um mundo em paz.


Sentir paz


Compaixão, compreensão e amor são os sentimentos que geram paz. Ao nos identificarmos com o sofrimento alheio, passamos a compreendê-lo; e só somos capazes de amar o que compreendemos. O amor, portanto, abre a oportunidade de paz.


Pôr em prática este ímã da paz significa tentar conscientemente sentir compaixão pelos que estão ao nosso redor. Para tanto, é preciso parar de julgar e aceitar cada um como é. Nem sempre isso é fácil – mas é possível. E, como tudo, o treino leva à perfeição. O fundamental é observar tapas, o autoesforço, a disciplina.

Falar de paz


Já conhecemos o poder da palavra: sua energia move montanhas. Ao escolhermos conscientemente falar de paz, nos colocamos em paz e compartilhamos esse sentimento.


Antes de falarmos qualquer coisa, é bom sempre testarmos as três peneiras:

A peneira da bondade: o que vamos falar é bom?

A peneira da verdade: temos certeza de que o que vamos falar é verdade?

A peneira da necessidade: precisamos mesmo falar sobre isso?


O teste das peneiras deve seguir essa ordem: e só o que passa pelas três pode então ser dito – porque certamente será uma palavra de paz.


Não é por acaso que temos duas orelhas e uma boca: para ouvir mais e falar menos. Muito do que falamos é oportunidade perdida de calar. Ao nos treinarmos para falar menos, falamos melhor.


Agir pela paz


Pensamentos e palavras precisam ser acompanhados da ação para mudar a realidade. Assim, precisamos efetivamente agir pela paz. Como? Ajudando a quem precisa, não revidando uma agressão, oferecendo gratidão e reconhecimento.


Na hora em que todos somos um, em que não há fronteiras (de país, de religião, do que seja), a paz é o único caminho.



Uma Breve Introdução ao Ativismo Quântico Por Amit Goswami

A física quântica, na forma de seu famoso “efeito do observador” (como o ato de ver algo, por parte do observador, transforma possibilidades quânticas em experiências reais na consciência dele mesmo), está nos forçando a mudar de paradigma, passando do paradigma do primado da matéria para o do primado da consciência (para mais detalhes, leia meu livro O universo autoconsciente).


O novo paradigma é abrangente; trata-se de uma ciência da espiritualidade que inclui a materialidade. Ativismo quântico é a ideia de transformarmos a nós mesmos e nossas sociedades segundo as mensagens transformadoras da física quântica e do novo paradigma.

A ciência materialista, sem enfrentar desafios nas cinco últimas décadas, causou danos. Podemos alegar que nossas instituições sociais – capitalismo, democracia, educação liberal, instituições de saúde e de cura – estão enraizadas no idealismo ou, mesmo, na espiritualidade. Mas, atualmente, muito poucas dessas instituições podem ser chamadas de humanísticas, menos ainda de espirituais.


O materialismo alterou tanto suas fisionomias que suas raízes espirituais quase não podem ser reconhecidas. Para nos mantermos vivos, dependemos de instituições que se valem das forças da separação, que, cada vez mais, estão se tornando o vento predominante da cultura mundial.

Temos problemas a granel em nossa sociedade e cultura – os maiores são o aquecimento global, o terrorismo e as constantes crises econômicas. Mas há outros itens, não menos importantes. Um imenso abismo está se abrindo entre os ricos e os pobres, e a classe média está sendo comprimida, ao contrário do que esperaria o capitalismo de Adam Smith. Nossa democracia está com problemas, graças à influência sempre crescente da mídia e do dinheiro. A educação não inspira. Os custos de saúde estão crescendo assustadoramente, e assim por diante.


A origem de todos esses problemas está no conflito entre espiritualidade e materialidade. A boa notícia é que a visão coletiva do conflito entre espiritualidade e ciência materialista pende a favor de uma postura abrangente, baseada no primado da consciência e da física quântica. Levar essa mensagem para nossas instituições sociais e devolvê-las ao caminho da unidade é o novo desafio!

Provocar mudanças na sociedade é tarefa do ativista. Precisamos do ativismo que usa o poder da física quântica. A física quântica nos dá ideias transformadoras, que podem nos modificar e as nossas instituições sociais, devolvendo unidade àquilo que estava separado.


Para enxergar isso, é importante lembrar-se de que a física quântica é a física das possibilidades. O pensamento quântico nos devolve nosso livre-arbítrio para podermos escolher algumas dessas possibilidades. Essas escolhas livres estão nos libertando descontinuamente de hábitos passados. Elas provêm de uma inter-relação cósmica que chamamos de não localidade quântica – a capacidade de comunicação sem sinais.

A física quântica tem até o poder de romper as hierarquias de cunho materialista clássico. Daí a ideia de ativismo quântico – um ativismo que usa o poder transformador da física quântica para nos modificar e as nossas instituições sociais. Os cineastas Ri Stewart e Renee Slade fizeram um documentário chamado The quantum activist, que proporciona uma visão geral das ideias básicas. Este livro é a explicação dessas ideias de forma mais prática, criando um manifesto para mudanças pessoais e sociais.

De diversas maneiras, trata-se de um livro que confere forças, que mostra um pensamento reto e uma vivência reta, preparando-nos para implementar soluções para muitos problemas “impossíveis” que o materialismo nos legou – crises econômicas, terrorismo, aquecimento global etc. São impossíveis, caso tentemos resolvê-los mantendo-nos dentro do materialismo. Ser um ativista quântico é ter o poder de passar do espaço do problema da ciência materialista para o espaço da solução da nova ciência quântica, baseada no primado da consciência.

Discuto essas soluções neste livro: a economia espiritual, que lida com nosso bem-estar holístico, e não apenas com nossas necessidades de consumo material; a democracia, que usa o poder para servir ao significado, em vez de usá-lo para dominar os outros; a educação, que nos liberta do jugo do conhecido; a religião, que integra e une; e novas e econômicas práticas de saúde, que restauram nossa integridade. E, evidentemente, discuto as soluções no contexto do desenvolvimento de um modo de vida correto para ativistas quânticos e seus amigos, o que inclui todo mundo.

Um dos pontos altos do livro são as cartas abertas ao Presidente Obama, sugerindo o que o governo pode fazer para ajudar a resolver os grandes problemas atuais, segundo os princípios do ativismo quântico. O livro foi escrito num estilo não técnico, compreensível para os que não são cientistas, mas o ativismo quântico convida tanto os cientistas quanto os não cientistas, todos os que queiram ver mudanças sociais coerentes com os movimentos da consciência – movimentos evolucionários que, mais cedo ou mais tarde, permitirão a criação do céu na terra.

Para mais informações sobre cursos:

http://www.amitgoswami.com.br/




segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Congresso

Aula Balkrishna


Até debaixo d'água



O domingo, 15 de agosto, amanheceu gelado em São Paulo. Mesmo assim, 15 mil pessoas se encontraram no Parque do Ibirapuera com um único objetivo, transformar o mundo em um lugar com mais paz.

A manhã começou com toda a animação de Jai Uttal e sua banda em uma mistura de ritmos brasileiros, indianos, mantras e muito Bhakti Yoga. A mistura de ritmos começou a esquentar os participantes para a aula de Yoga que seguiu com Núbia Teixeira.

É difícil descrever uma multidão praticando Yoga, todos juntos, foi lindo de ver, fácil de sentir a união da intenção de todos ali presentes. Com movimentos do corpo, conexão com a natureza e muita respiração, Núbia aquietou a todos para a meditação.

O objetivo maior de todo o programa era esse momento, 15 mil pessoas concentradas em expandir a própria paz interna para o bem de toda a sociedade. A eficiência disso, já comprovada pela física quântica, era facilmente sentida no silêncio das vibrações positivas.

Esse silêncio foi quebrado com o inconfundível OM de nosso querido Krishna Das que, mesmo embaixo de chuva, fez toda a multidão cantar em um kirtan gigante pela paz. Essa semana o cantor publicou em seu site: "Já toquei no mundo inteiro e não existe nada como tocar no Brasil. Eu acho que o Brasil é o coração do mundo!".

Esperamos que o seu coração tenha sido tocado pelo trabalho de todos que tornaram o Yoga pela Paz 2010 possível! A união de todos nós vai, a cada ano, transformar o mundo em um lugar melhor, com mais paz.


Muita prática

Dia 13 de agosto reuniu centenas de pessoas na Cia. Athletica de São Paulo, em um dia inteiro de práticas gratuitas e abertas a todos.
No dia 14 de setembro, no Sesc Pompeia, foram milhares de pessoas praticando os mais diversos aspectos do Yoga.

Na sala principal, começamos o dia recepcionados por Swami Chidananda Saraswati, que com seus mantras nos ajudou a aquietar a mente para as práticas seguintes. O professor indiano Sharvan Poddar seguiu em uma prática leve e divertida, ensinou a todos que gargalhar é importante para saúde e deixou a todos com o corpo e humor mais leves.

A professora carioca Lygia Lima, com a ajuda do DJ André Meyer, colocou mais de 300 pessoas para praticar, respira e dançar, muita música e energia! Seguimos praticando, com a professora Núbia Teixeira, os mais sutis exercícios de pranayamas (respiratórios), para preparar o corpo e a mente para os ensinamentos do sobre o poder dos mantras com o professor americano Christopher Tompkins.

Nada disso teria sido possível se não fosse pelo batalhão de voluntários e funcionários do Sesc, que trabalharam e também aprenderam muito. Nada disso teria sido possível se não fosse pelos praticantes em busca de mais consciência para transformar o mundo em um lugar melhor!

Namastê!