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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Swadistana Chakra

Por Gustavo Ponce
O que são chakras AQUI.
Swadistana significa “sua própria morada” pela influencia que tem este Chakra a nível psicológico. É chamado também de “Chakra sexual”. Seu correspondente físico é o cóccix e sua zona de manifestação ou Kshetram, o púbis. A figura que o representa é uma flor-de-lótus de seis pétalas, de cor vermelho que indica a saída de seis fluxos energéticos. No interior da flor tem um circulo que corresponde ao consciente, e em seu interior tem um circulo menor que representa o inconsciente. Estes círculos sobrepostos formam a base de uma meia lua debaixo da qual está desenhado um crocodilo em cujo lombo está escrito o Bijamantra VAM. A figura deste Chakra é a meia lua.

Dentro da circunferência menor está desenhado um mar de águas turbulentas, símbolo da mente e um céu estrelado com uma lua cheia que ilumina suas águas e que representa a pessoa e o ensinamento do guia espiritual. O elemento deste vórtice é a água. Swadistana se relaciona com o corpo físico e seu órgão sensorial é a língua. Sua correspondência fisiológica são os órgãos sexuais, as glândulas supra-renais e o sistema adiposo. Sua energia atua sobre o intestino grosso, o reto, a bexiga, os rins, os órgãos e as glândulas sexuais. Seu planeta dominante é Mercúrio.

A atividade de Swadistana se mostra no indivíduo em sua tendência em obter prazeres sexuais, por meio da comida, da bebida, do sexo, etc.

Texto do livro: PranaShakti Yoga, Gustavo Ponce

Nos próximos dias iremos publicar partes do livro de Gustavo Ponce que nos ensina sobre cada uma  das funções específicas dos chakras.

Cursos relacionados:
Curso Intensivo Especialização em Dynamic e PranaShakti Yoga com Gustavo Ponce
Data: 03 à 15 de janeiro
Local: Canal Om (Chile)
Infos.: AQUI

Curso Intensivo Especialização em Sattva  Yoga com Gustavo Ponce (Chile)
Data: 14 à 26 de fevereiro
Local: Canal Om (Chile)
Infos.: AQUI

Saiba mais sobre cada um dos chakras:
Muladhara Chakra
Manipura Chakra





terça-feira, 29 de novembro de 2011

Muladhara Chakra

Por Gustavo Ponce
O que são chakras AQUI.

Muladhara significa raiz. Este é o primeiro Chakra, situado no corpo de energia ao nível do períneo no homem e do colo do útero na mulher, onde se juntam o útero e a vagina. É a residência de Kundalini Shakti. Sua zona de manifestação ou Kshetram é Sahasrara Chakra, localizado na parte superior do crânio.  A figura ou Yantra que o representa é uma flor-de-lótus de quatro pétalas, de cor vermelho escuro, que corresponde aos quatro fluxos energéticos que saem do vórtice. Sua figura geométrica é um quadrado de cor amarela que representa o elemento terra. Na base do quadrado está um elefante em cujo lombo está escrito o Bijamantra (vibração sonora) LAM, deste Chakra. No centro do quadrado há um triangulo invertido chamado Kama, e em seu interior uma pequena coluna ou Lingam, símbolo do órgão sexual masculino e nele está enrolada uma serpente que dá três voltas e meia, cada uma das quais assinalando as três modalidades de energia: Tamas, lenta; Rajas, acelerada e Sattva, equilibrada. A meia volta restante corresponde a enegia espiritual. A cabeça da serpente está caída, demonstrando que sua energia está latente. 

Esta serpente é conhecida como Kundalini, a energia primaria do ser humano. Enquanto Kundalini permanece adormecida em Muladhara Chakra, a pessoa tem uma atitude de autocentramento e um grande senso de individualidade. Permanece consciente do mundo da forma, ignorando seu potencial interno latente. É necessário afirmar que quando na simbologia do Yoga em geral, e do tantra em particular, aparecem os órgãos sexuais masculino ou feminino, referem-se à polaridade, positiva ou negativa da energia, a natureza ou aspecto material e a consciência ou aspecto espiritual.

A este Chakra corresponde o corpo físico, o nariz, o sentido do olfato e seus órgãos de ação são o ânus e os pés. Corresponde-se fisiologicamente com o plexo sexual, as glândulas de secreção interna, gônadas, ovários e supra-renais,  exercendo uma ação direta sobre os rins, o reto, os ossos, a base da coluna vertebral, a pele, os nervos, o cabelo e o órgão sexual. Seu planeta dominante é Marte.
A atividade deste Chakra está relacionada com as tendências do homem em satisfazer suas necessidades mais básicas: obter comida, um lar, procriar, etc.

Texto do livro: PranaShakti Yoga, Gustavo Ponce

Nos próximos dias iremos publicar partes do livro de Gustavo Ponce que nos ensina sobre cada uma  das funções específicas dos chakras.

Cursos relacionados:
Curso Intensivo Especialização em Dynamic e PranaShakti Yoga com Gustavo Ponce
Data: 03 à 15 de janeiro
Local: Canal Om (Chile)
Infos.: AQUI

Curso Intensivo Especialização em Sattva  Yoga com Gustavo Ponce (Chile)
Data: 14 à 26 de fevereiro
Local: Canal Om (Chile)
Infos.: AQUI

Saiba mais sobre cada um dos chakras:
Swadistana Chakra
Manipura Chakra



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

agenda 28 novembro - 4 de dezembro


Agenda de retiros, cursos e férias com Yoga: AQUI

Para divulgar eventos de Yoga e Ayurveda, mande um email para: carol@yogapelapaz.org



São Paulo
Aulão de Sattva Yoga
Gustavo Ponce
Data: 30 de novembro
Horário: 7h30
Local: YogaFlow CIYMAM (São Paulo - SP)
Infos: AQUI

Aulão de Vinyasa Flow Yoga
Data: 3 de dezembro
Horário: 10h às 13h
Local: Yoga Flow CIYMAM
Infos: AQUI



Porto Alegre
Hatha Yoga
Pedro Kupfer
Data: 2, 3 e 4 de dezembro
Local: Bijam Yoga (Porto Alegre - RS)
Infos: AQUI

Oficina de Pintura de Deidades
Data: 3 de dezembro
Horário: 15h
Local: Centro Sivananda (Porto Alegre – RS)
Infos: AQUI




Os Chakras

Por Gustavo Ponce  
Os Chakras encontram-se localizados na coluna de forma vertical e em linha ascendente. Estão, em outras palavras, totalmente alinhados, mas pode ocorrer que algum deles esteja mais ativado que os outros.
Todas as práticas de Yoga atuam sobre o corpo de energia ou Prana (texto do livro sobre o corpo de energia AQUI) e, em conseqüência, sobre os Chakras; em especial os Asanas ou posturas, Pranayama, ou técnicas respiratórias de controle do Prana, e a meditação.
           
Texto do livro: PranaShakti Yoga, Gustavo Ponce

Nos próximos dias iremos publicar partes do livro de Gustavo Ponce que nos ensina sobre cada uma  das funções específicas dos chakras.

Cursos relacionados:
Curso Intensivo Especialização em Dynamic e PranaShakti Yoga com Gustavo Ponce
Data: 03 à 15 de janeiro
Local: Canal Om (Chile)
Infos.: AQUI

Curso Intensivo Especialização em Sattva  Yoga com Gustavo Ponce (Chile)
Data: 14 à 26 de fevereiro
Local: Canal Om (Chile)
Infos.: AQUI

Saiba mais sobre cada um dos chakras:
Muladhara Chakra
Swadistana Chakra
Manipura Chakra
Vishuddhi Chakra
Ajna Chakra


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Conhecimentos e conhecedores

Um pouco de tudo que rolou no blog esta semana!

Complementares
Começamos a semana falando dos benefícios físicos do treinamento funcional para os praticantes de Yoga (veja entrevista AQUI). Apesar do objetivo da prática do Yoga ser a libertação do sofrimento, alguns "efeitos colaterais" da prática pode ser muito benéfico para praticantes de esportes, como mostra esse artigo AQUI.

Saúde e beleza
Os óleos vegetais são verdadeiros bálsamos que, segundo o Ayurveda, deveria ser incorporado as nossas rotinas de saúde. Informações sobre as suas propriedades terapêuticas, aplicações, indicações e contraindicações você encontra AQUI.


Os óleos essenciais potencializam as propriedades das massagens além de oferecer uma explosão de aromas. Você pode escolher o o cheiro que mais te agrada ou conhecer melhor as propriedades tereapêuticas de cada um AQUI


Sua prática
A disciplina é parte importante na prática de Yoga, é o que nos leva para a prática nos dias de chuva, frio e preguiça. Para quem pretende expandir sua prática, algumas atitudes diárias nos ajudam a manter a conexão com o momento presente, que é a grande chave do Yoga. Saiba mais AQUI. 


O professor Pedro Kupfer dá mais instruções sobre como montar uma prática apropriada AQUI e AQUI.

Para as meninas
Fabiana Rodrigues, professora de Hatha Yoga com ênfase no método Iyengar elaborou sequencias especificas de asanas destinadas para cada um dos períodos do ciclo menstrual. A relação entre o ciclo menstrual e o ciclo lunar você encontra AQUI, AQUI e AQUI.


Fabiana também é editora do blog Moksha Yoga, onde você pode encontrar muito conteúdo relacionado ao Yoga e a saúde da mulher, confira AQUI.


Livro da semana
Semeamos ao longo de toda semana, em nossa página do facebook, frases do livro - Meditação: A Mente e A Yoga de Patanjali, de Swami Bhaskarananda. Um livro de linguagem extremamente didática, capaz de tornar a tão profunda filosofia do Yoga, Vedanta e Shankya uma linguagem acessível. 


Esse e outros livros sobre auto-conhecimento você encontra AQUI.



Eventos de Yoga
Ainda... elaboramos semanalmente uma agenda com os principais eventos de Yoga que rolam pelo Brasil e, eventualmente, há também programação  internacional. Para que nossa agenda fique cada vez mais útil e completa, você pode divulgar o seu evento mandando um email para carol@yogapelapaz.org com as seguintes informações:
Nome do evento
Profissional
Data
Horário
Local
Informações



Yoga para Mulheres - Período pós-menstrual (lua crescente no corpo)

Por Fabiana Rodrigues


Veja o vídeo de introdução AQUI.


 

Início: 24 horas após o término do sangramento.
Término: aproximadamente 5 dias após o término do sangramento.
O que acontece no corpo: o nível de estrogênio começa a subir. O útero, os rins e o fígado estão se recuperando de seu intenso trabalho. Se você não toma anticoncepcionais, um óvulo começa a amadurecer em seus ovários. Seu corpo está se preparando para a ovulação e reprodução.
Neste período, direcione sua atenção para: revigorar, despertar, estimular.
Função dos yogasanas: ajudar na eliminação de toxinas remanescentes, tonificar e nutrir os órgãos envolvidos, revigorar todo o corpo. 

Uttanasana (postura do alongamento intenso para frente - variações)

Ações: junte os pés e distribua o peso por igual nos dois, alongue-se pra cima a partir da parte interna das coxas, e gire-as pra dentro. Deixe pernas e joelhos firmes, erga os braços acima da cabeça, leve a cintura pra cima. Na expiração, flexione o quadril, deixe as pernas em 90º e as costas retas, leve o topo da cabeça paralelo ao chão e apoie as mãos sobre blocos ou cadeira. Permaneça por 30 a 60 segundos. Para sair, mantenha as coxas firmes, leve as mãos no quadril, o peito à frente e levante-se devagar inspirando.
  
Benefícios: pacifica ansiedade e irritação. Tonifica e “levanta” o útero, fígado, baço e rins, que ficaram sobrecarregados durante a menstruação. 

Cuidado: se tiver dor de cabeça, apoie o topodela num bloco ou cadeira.

Janu sirsasana (postura da cabeça no joelho)


Ações: sente-se no chão com as pernas esticadas à frente. Flexione o joelho direito e aproxime o calcanhar da virilha direita. Empurre o joelho direito para trás o máximo possível. Passe um cinto abaixo da bola do pé esquerdo e estique a perna esquerda firme em direção ao chão. Vire o abdômen e alinhe o peito com a perna esquerda. Flexione o quadril para frente e puxe o cinto para trás. Se for possível, segure no pé esquerdo, e leve do púbis ao peito na direção dele. Mantenha a coluna e a cabeça erguidas. Permaneça por 15 a 20 segundos e troque de lado, mantendo o mesmo tempo.


Benefícios: tonifica os órgãos reprodutores e os músculos que os sustentam, a leve torção traz flexibilidade para a coluna vertebral.

Viparita karani (postura com as pernas contra a parede – e ciclo)

Ações: coloque dois cobertores dobrados estreitos a uns 10 cm da parede. Sente-se neles com o quadril tocando a parede e com o apoio das mãos vá se deitando, mantendo os glúteos na parede, suba as pernas e apoie-as na parede. Caso sinta tensão nas pernas ou nas costas, afaste um pouco as nádegas da parede. Deitada, você mantém os glúteos descendo na direção do chão; a base das costas e as costelas no cobertor; os ombros, pescoço e cabeça apoiados no chão. Se houver desconforto no pescoço, coloque um cobertor dobrado sob ele e a cabeça. Gire as palmas das mãos pra cima e relaxe os braços. Permaneça com os olhos fechados por 5 minutos.

Ciclos
Sem mover o tronco, deixe que as pernas se abram para os lados.  Permaneça com os olhos fechados por 3 a 5 minutos.
 Sem mover o tronco, flexione os joelhos e una as plantas dos pés. Permaneça com os olhos fechados por 3 a 5 minutos.

Sem mover o tronco, cruze as canelas próximo aos tornozelos. Permaneça com os olhos fechados por 2 minutos. Troque o cruzar das pernas e permaneça com os olhos fechados por mais 2 minutos.

Sem mover o tronco, escorregue para trás até o quadril chegar ao chão, troque o cruzar das pernas, apoiando-as no cobertor. Permaneça com os olhos fechados por 2 minutos. Troque o cruzar das pernas e permaneça com os olhos fechados por mais 2 minutos.
Para sair da postura, apoie a planta dos pés na parede, traga as coxas no peito, escorregue para trás, gire para o lado direito e levante-se devagar com o apoio das mãos.

Benefícios: acalma os nervos, equilibra o sistema endócrino, alivia fadiga, aumenta o fluxo de sangue na pelve, relaxa completamente o corpo inteiro.

Cuidado: não faça esta postura se estiver menstruada. Se estiver com dor de cabeça relacionada à tensão ou enxaqueca, coloque um apoio sobre a testa durante toda a permanência.

Savasana (postura do cadáver - variação comjoelhos sobre bolster, cabeça no cobertor)


Ações: alongue braços e pernas, apoiando os joelhos sobre um cobertor enrolado. Vire palmas das mãos pra cima. Apoie todo o pescoço e a cabeça sobre um cobertor dobrado bem baixinho. Expire soltando o corpo todo, principalmente as paredes da vagina, o abdômen, a base das costas, os ombros, pescoço, músculos faciais. Respire profundamente. Permaneça com os olhos fechados por 5 a 10 minutos. Para sair, dobre as pernas, role para o lado direito e levante-se com o apoio das mãos.
 
Benefícios: acalma, alivia fadiga, ansiedade. Relaxando profundamente, alivia desconfortos em geral.


Leia sobre as posturas para o período mesntrual AQUI


Fabiana é instrutora de Hatha Yoga, baseada no método Iyengar, tem 34 anos e pratica há 11. Formada em Arquitetura e Urbanismo, se especializou em Design Gráfico. No passado praticou Kundalini Yoga e Ashtanga Vinyasa Yoga. Quando decidiu se aprofundar no método Iyengar Yoga, iniciou sua formação com Kalidas Nuyken e está finalizando a mesma com Sandro Bosco, em São Paulo. Dedica-se aos estudos, cursos, práticas e ensino deste método. Estudou Biopsicologia com a Dra. Susan Andrews, no Instituto Visão Futuro, com foco em processos de auto-realização do ser humano. Com interesse também em ferramentas como psico-geografia, bioenergética e anatomia emocional, desenvolve no momento um projeto de pesquisa sobre a construção da imagem corporal e outros impactos psicológico-comportamentais da prática de Iyengar Yoga em habitantes de centros urbanos contemporâneos. Editora do blog Moksha Yoga.http://yogapelapaz.blogspot.com/2011/12/yoga-para-mulheres-periodo-fertil-lua.html


A Aula da Lua Cheia Vermelha



Por Jussara Rodriguês
Fotos: Marco Estrella
... é dando que se recebe ...

Lua cheia, 13 de setembro de 2011. Collaroy Beach, Tasman Sea, Sydney, New South Wales, Austrália.

A prática de Yoga estava marcada para o final da tarde, à beira do mar, entre a areia e a casa (do Quarteto Fantástico), no gramado verde e macio. Minha ideia era conduzir uma aula para saudar a lua cheia que ia surgir no horizonte, entre o céu e o mar da Tasmânia.

O piquenique para o pós-aula já estava montado numa cesta: castanhas, frutas, sanduíches, salgadinhos, TimTam (biscoito recheado de chocolate típico Australiano), sucos e vinhos. Confraternização entre amigos, curtindo a aula de Yoga de uma mãe visitante professora, requisitada pela turma a dar uma aulinha sempre que possível.
Para minha surpresa e delírio, além de visitar minha filha querida e meu genro, também querido, eu compartilhava seus amigos maravilhosos que me pediam o que mais eu queria fazer: Yoga, além de estar com eles e visitar o país.

Cenário e personagens perfeitos! E ainda um dia auspicioso conforme constatei ao consultar o calendário hindu.

Subha Shivaloka Day 

O Panchangam é um calendário que faz parte da tradição hindu, inicialmente transmitido de pai para filho, usado como uma ferramenta de planejamento que oferece informações relativas ao tempo e às energias que atuam em cada dia. Com esse conhecimento, é possível planejar as atividades de cada dia para estar em sintonia com o universo e fluir melhor.

Analisando posteriormente o Panchangam do dia da aula da lua cheia, seguindo as informações do Kadavul Hindu Calendar e relembrando as aulas que tive com meu professor Anderson Allegro, constatei que a energia do dia estava regida pela constelação chamada Utaraprostapada, favorecendo as ações que envolvem cuidar dos outros e que busquem sabedoria, conhecimento, alegria e habilidade mental.

Este calendário considera 27 constelações além das 12 do zodíaco, formando um círculo maior que o da eclíptica em torno da terra e dos planetas que passam por ela. Combina a energia de cada planeta com a constelação, principalmente por onde a lua passa, já que é esse o planeta que influencia as atividades do dia a dia, de acordo com o Panchamgam.

Nos dias de lua cheia (purnima) recomenda-se fazer oferendas. As oferendas da nossa aula foram a atenção, o tempo e a prática dedicados àquele momento energético único. Naquele dia, o calendário marcava um momento propício para iniciar coisas que vão gerar resultados duradouros. Nossa amizade e cumplicidade naquele ritual lunar estavam abençoadas! Subha Shivaloka Day é considerado auspicioso e propicia uma conexão espiritual muito intensa entre o mundo físico e o dos deuses, como se esses mundos estivessem separados apenas por uma malha fina e transparente. Por essa interpretação, nesse dia os deuses podem inspirar as pessoas espiritualizadas e através delas influenciar o mundo.

A aula: um ritual mágico
 
Mats no gramado, amigos, velas, luzes amareladas vindas da rua, céu estrelado, ar ainda gelado de final de inverno...  Vários suryas e chandras namaskaras (sequências de posturas da saudação ao sol e à lua) foram nos aquecendo e fomos nos incorporando àquele cenário, saudando à vida, honrando aquele momento divino, único, em contato com a natureza, envolvidos pelo clima de amizade, conscientes dos nossos corpos e de nossa respiração. Os movimentos foram fluindo em asanas que se encaixavam perfeitamente, nos posicionavam no tempo, no espaço, no encantamento do presente, alinhando nossos chakras para fluir o prana e promover a vitalidade no corpo físico, sutil e etéreo.

Nenhum planejamento de aula era necessário. Ao contrário, só cabia ali deixar fluir a intuição, a sensibilidade e não permitir que a mente interferisse naquela conexão natural e total com o momento, com os elementos, com as pessoas e suas energias. O desafio era deixar-se levar pelo som mântrico das ondas do mar que batiam suavemente e se quebravam na areia, numa cadência infinita, conduzindo o ritmo das nossas respirações (ujjayi), mantendo o contínuo pulsar dos movimentos entre a terra e o firmamento.
Aos poucos, o céu no horizonte foi tingido de vermelho e as águas do mar brilhantes como labaredas refletiam um caminho de luz cintilante alaranjada. A luz da lua aumentando, escancarando, iluminando e revelando a escuridão da noite.

Escandalizados com a beleza daquela visão no horizonte, fomos nos sentando, embriagados por aquela luz que dava à lua o brilho dourado típico do sol nascente. Era o nascer da noite! Parecia que em algum momento os planetas, assim como o céu e o mar, se tornavam um só, e a cor do sol passava pela luz da lua e nos iluminava ali na terra, nos tornando unos com o universo.

A aula dos Maha Bhutas, dos grandes elementos (terra, água, fogo,ar e espaço) foi um presente da mãe natureza, que os contém e os domina, e só coube à professora conduzir os alunos a se deixarem levar por essas forças, sentindo-as e incorporando-as na forma dos asanas e das respirações. O grande aprendizado foi reconhecer que “é dando que se recebe” e a oferenda da prática nos deu um momento de aprendizado inarrável.
Quando o universo conspira a favor, e nós não atrapalhamos, a vida acontece e flui, nos surpreende e nos faz felizes.

Jussara Rodrigues é paulistana, jornalista desde 1978 e instrutora de Yoga de corpo e alma desde 2003, quando se formou no Aruna Yoga em Hatha e PowerYoga. Trabalha eventualmente como assessora de imprensa e em reportagens que tenham relação com qualidade de vida e desenvolvimento do ser humano de forma holística.  Adora praticar Yoga com diversos professores e conhecer estilos diferentes, no Brasil e em viagens pelo mundo. Faz parte do conselho-diretor da Aliança do Yoga desde sua criação. Por sete anos, deu aula em grandes academias de São Paulo e atualmente se dedica a alunos particulares e pequenos grupos em seu estúdio Kedhara Yoga. Organiza retiros anuais de Yoga em fazendas nas cidades paulistas de Cunha e Bragança Paulista.


quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Prática Sustentável

Por Carolina Borghetti
O sadhana, disciplina espiritual, é um dos maiores desafios de quem pratica Yoga, o sadhaka (aspirante espiritual).

Praticar Yoga envolve todo o nosso ser e todas as horas do nosso dia. O objetivo é aplicar o que aprendemos nos tapetinhos ao maior número de situações possível. Praticar Yoga é "estar presente", em todos os lugares a todos os momentos. No mat, em casa, no trabalho, com marido, filhos, amigos; em qualquer das situações, praticamos toda vez que estivermos conscientes do momento presente. Ou seja, Yoga está na atitude, no estado de consciência e não apenas na prática física.

Aproveite
Acredito que, assim como eu, muitos iogues mantêm a prática física de asanas porque ela nos ajuda a varrer os pensamentos, aquietar a mente e nos trazer de volta à nossa própria essência.

A agitação contemporânea nos leva a ficar longe demais de nós mesmos. O excessivo fluxo de informação nos causa uma agitação mental ainda mais intensa do que aquela que naturalmente já nos habita, nos afasta de nosso silêncio interno e nossa intuição.

Aprendi, nestes dez anos de prática, que pequenos propósitos nos levam a grandes conquistas. Quando iniciamos a prática, muitas vezes nos exigimos um sadhana demasiado rígido, e acabamos frustrados por não atingirmos as metas. Nossos dias são muito dinâmicos, nossos papéis sociais já nos exigem demais. Não permita que esta prática, tão completa e prazerosa, se torne mais um “compromisso” em sua agenda.

Rotina sustentável
Estabeleça um sadhana simples, porém constante.

Ao acordar, conscientize seu corpo. Espreguice e tome consciência de sua respiração. Perceba qual das narinas respira melhor, se há alguma obstrução, elas darão a dica de como está o seu estado mental (saiba mais AQUI).

Caso possa dedicar alguns minutinhos extras, faça jala neti (saiba mais AQUI) e respiração das narinas alternadas (veja vídeo AQUI)

Ao sair de casa, procure tomar uma atitude positiva. Seja resoluto, não alimente os problemas criando um drama mental, dedique a sua energia para encontrar a melhor solução. Estabeleça o propósito de passar o dia com contentamento e com disposição para enfrentar adversidades que possam surgir.

Procure dedicar alguns minutos do dia para a prática de asanas. Você sentirá grande bem-estar. Márcia de Luca nos garante que a prática de 12 surya namaskar (saudação ao sol) pela manhã e 12 chandra namaskar (saudação à lua) à noite são o segredo para a jovialidade do corpo. Tenha em mente que este é o ideal. Estabeleça o que é possível para você e pratique. Comece com dois ciclos completos de surya (se a prática for diurna) ou chandra namaskar (se a prática for após o pôr do sol). Aumente gradativamente, não ultrapasse o seu limite de conforto. Você conquistará a prática aos poucos, mas de forma definitiva.

Procure estabelecer uma rotina introspectiva em casa à noite. Não ouça música alta ou agitada. Evite televisão. Capriche no cardápio! Aproveite que está em casa e dedique seu tempo para cozinhar, alimentar-se bem, com saúde e prazer (boas receitas AQUI).
Lembre-se que você está alimentando as suas células para que elas funcionem de forma eficaz. Coma o necessário. Não estabeleça relação de compensação com a comida. Sacie a fome, não as carências.

Tome um banho e faça uma automassagem no corpo com óleo (aprenda a fazer AQUI). Tome um chá com propriedades sedativas.

Em um ambiente tranquilo e propício, sente-se em postura meditativa e aquiete-se por alguns minutos. Para facilitar o aquietamento, você pode praticar nadi shodana pranayama. Comece dedicando cinco minutos a essa prática de aquietamento (saiba como AQUI) e aumente o tempo gradualmente.

E com uma amorosa dose de paciência, nos tornamos mais presentes de acordo com as práticas que vão sendo incorporadas ao nosso dia a dia.

Mais sobre rotinas de saúde:

Carolina é psicóloga por formação, mas o coração a levou ao caminho do Yoga, onde encontrou as ferramentas que procurava na busca mais profunda por autoconhecimento. Há dez anos pratica, estuda e dedica-se ao Hatha Yoga. Suas aulas são personalizadas, voltadas às necessidades individuais


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Óleos Vegetais

Por Marina Lito

O Ayurveda recomenda a utilização de óleos de sementes vegetais para a pele como uma forma de nutrição do corpo e equilíbrio da mente. Sua aplicação no corpo deve ser um hábito regular de saúde. Automassagem é uma prática simples que garante a saúde e beleza da pele, além de ser extremamente terapêutica

Vamos compartilhar a propriedade de cada óleo vegetal para que você possa escolher o ideal para você!

Cuidados na hora de comprar

  • Muitos dos óleos de massagem vendidos possuem óleos minerais que não são absorvidos pela pele, formando uma camada que fecha os poros, evitando a respiração da mesma. Verifique a composição antes de comprar o seu.

  • Os óleos vegetais devem ser prensados a frio para manterem as propriedades medicinais da planta! 
  • Escolha o óleo mais adequado para você! Segundo o Ayurveda, isso depende do seu biótipo (saiba mais AQUI). Com esse teste você pode descobrir o melhor óleo para te ajudar a voltar a um estado de equilíbrio.


Óleo de coco
Doce, refrescante, relativamente leve.
Indicado para (uso na pele): desequilíbrio pitta, por ter propriedades frias. Bom para queimaduras, inflamações, infecções por fungos, porque possui propriedades antissépticas.
O óleo de coco na culinária pode aumentar kapha! Deve ser então cozido com ervas que diminuem esse dosha, como a mostarda e o azeite!
Contraindicado: para desequilíbrio vata, por ser um óleo que esfria o corpo.

Óleo de mostarda
Amargo, picante, forte, morno.
Indicado para (uso na pele): doenças de kapha e vata aumentado, alivia a tensão e rigidez muscular, elimina toxinas, excelente para queda de cabelos.


Óleo de gergelim
É um óleo pesado, amargo, quente, adstringente, que agrava o pitta corporal.
Indicado para (uso na pele): doenças causadas por vata aumentado e kapha aumentado. Casos de inchaço, quadros de dor, alterações musculares, pele seca, envelhecimento precoce, promove a saúde das mamas e da pele, atua rejuvenescendo aumentando a virilidade e vitalidade.
Contraindicado: para desequilíbrio pitta, por ser um óleo quente.

Azeite de oliva
Levemente amargo, amornante.
Indicado para (uso na pele): kapha aumentado, utilizado em casos de reumatismo e artrite.
Misturas: podemos diminuir a sua viscosidade ao misturá-lo com óleo de gergelim, ou torná-lo menos quente ao adicionar óleos refrescantes como a rosa e o sândalo.

Óleo de amêndoa
Doce, pesado, quente.
Indicado para (uso na pele): desordens de kapha
Afirma-se no oriente que se este óleo for colocado no sol por 40 dias em um frasco de vidro cor de laranja, assume propriedades especiais, levando à alegria, dissolvendo ansiedades e purificando o sangue.

Outros óleos
Ghee: utilizado para massagem facial, pois elimina rugas. É excelente quando utilizado na comida para lubrificar as articulações.
Óleo de cravo: auxilia nos problemas dentários e nas micoses de unha.
Óleo de girassol: para pacificar pitta.
Óleo de sândalo: refrescante, auxilia na insônia e dores de cabeça.
Óleo de semente de uva: indicado para bronquite, reumatismo, alterações de pele.

Informações: Abra (Associação Brasileira de Ayurveda)

Marina é estudante e praticante de Yoga e Ayurveda há dois anos. Conheceu essas filosofias em uma viagem a Bali, onde "se encontrou" e resolveu fazer formação de Hatha Yoga e Vedanta na Índia. Hoje se dedica ao aprofundamento nos estudos e práticas.