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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Praticando com Ganesha

Por João Soares
Ilustrações: Evandro Dourado

Lá da Índia, vem surgindo um novo amiguinho:
Seu corpo é de gente, mas sua cabeça é de elefantinho.
Seu nome é Ganesha!
É ele que vem o yoga nos ensinar.



Com ele nosso tapete vira skate.



E é só imaginar: para, do skate, surfar no mar!



Diz Ganesha:
-Não perca tempo com brigas e besteiras:
deixe sua luz brilhar na postura da estrela!



E, praticando com Ganesha, brincamos de ser golfinhos...



Depois - no silêncio do coração -
entendemos que, o som do mar, é o criador a respirar!



Namastê: tudo de bom para você,
tudo de bom para mim,
tudo de bom para todos nós.

Eventos relacionados
Lançamento do livro O pequeno Yogue que Encarou o Monstro
Data: 08 de Outubro
Local: R. Pamplona, 300 - Bela Vista
Reserva: (11) 3141-1576

João Soares trabalha com Yoga para Crianças há 16 anos, escreve histórias e desenvolve aulas especiais para os pequenos.


Dicas do Théo

Por João Soares
Ilustrações: Carmen Perez

Théo é um menino que gosta de inventar!
Quando fica muito nervoso respira fundo e solta toda sua raiva gritando:
Hahhhhhhhh!!!!!



Muito inteligente, Théo diz que é forte como uma montanha.



E adora imitar os bichos: Alonga sua coluna como uma elegante girafa:



Arrasta-se pelo chão feito uma cobra...



E se transforma, em seguida, em uma linda borboleta!



Às vezes, Théo mia como um gato...



Fica vesgo, põe a língua para fora e ruge com um leão...



Mas, se está chovendo, abre a janela da sua imaginação e vê um dia lindo de sol!



Usa sua canoa e visita lugares lindos!



Olha para todos os lados para não perder nenhum detalhe...



Uma coisa Théo sabe que tem muito valor: é a letra V, que palavras importantes pode escrever!



E atravessou lindas pontes...



Por fim, quando se cansa de tanta aventura com o corpo, treme feito um cachorro molhado...



E depois, feliz, deita e relaxa!



O relaxamento de Théo
E mais uma grande aventura se inicia.
Só com o pensamento, Théo se põe a imaginar:
Imagina que ganhou asas, e no céu pode voar...
Mergulha no fundo do mar e vê peixinhos coloridos, golfinhos e cavalos marinhos!
Dentro de uma concha, Théo encontra um tesouro, guarda em seu coração. Agora, ele descansa tranquilamente antes da sua próxima aventura!

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João Soares trabalha com Yoga para Crianças há 16 anos, escreve histórias e desenvolve aulas especiais para os pequenos.


Amigos do Yoga

Por João Soares
Ilustrações Carmen Perez

Com o Louva-a-deus, o macaquinho Kadu aprendeu a todas as coisas reverenciar.



Honra a luz em seu coração.



Vira herói.



E como o grande Hanuman, põe-se a voar.



Na terra, saúda o crocodilo...



... o cachorro...



... e o leão, que são diferentes, mas são seus irmãos.



Kadu se encanta com a borboleta.



Brinca de ser aranha, nas teias da imaginação.



Pensando no mar, torna-se um grande barco.



Vira golfinho...



...descobre a estrela do mar.



Contemplando a mãe natureza, põe-se a meditar.
E – no silêncio de seu coração – agradece ao mestre Louva-a-deus, que lhe ensinou a todas as coisas reverenciar.


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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sua paz pelo mundo

Entrevista com o indiano doutor em física quântica Harbans Arora.
Por Madu Cabral

Hoje a física quântica comprova um dos mais importantes benefícios da meditação: como ela afeta tudo e todos à nossa volta.
Com essa nova informação passamos a ser responsáveis pela sociedade em que vivemos, pelos níveis de violência com os quais convivemos e, principalmente, por mudar tudo isso. Veja na entrevista a seguir, como isso acontece.

YPP:
Como o que sentimos e pensamos interage com a sociedade?
Dr. Harbans: os nossos pensamentos, sentimentos e intenções geram vibrações de energias sutis. Estas vibrações têm velocidade transluminar (maior que velocidade da luz = 300.000km/s). Elas influenciam os pensamentos e sentimentos de outras pessoas, independente da distância, quase instantaneamente.

YPP:
Como podemos influenciar positivamente o comportamento da sociedade em que vivemos?
Dr. Harbans: Obviamente pelos pensamentos, sentimentos e intenções positivas.

YPP:
Qual é o impacto que uma meditação em grupo com intenção da paz tem na sociedade?
Dr. Harbans: A meditação coletiva com foco na paz gera vibrações de grande intensidade energética sutil. Um pequeno número de participantes gera vibrações de grande amplitude, cuja energia é proporcional ao quadrado desta amplitude.
Na realidade, duas leis da abordagem quântica, ligadas às energias sutis atuam integralmente:
A: a lei de 1% (baseada no funcionamento do marca passo e lazer): Quando 1% da população medita, pode beneficiar por meio de ressonância a população inteira;
B: a lei de raiz quadrada: Como explicado anteriormente, a superposição das ondas de paz gerada pela meditação coletiva realizada ao mesmo tempo por um grupo de pessoas, corresponde à raiz quadrada do número de pessoas numa cidade.
As duas leis juntas nos mostram que uma cidade ou um bairro com 1.000.000 habitantes precisaria de 100 pessoas meditando juntas. Como um fator de erro este número é multiplicado por dois ou três.
As vibrações de paz mudam, pela ressonância, a vibração das outras pessoas que não estão meditando. O efeito não é igual para todo mundo.

YPP: Como podemos trazer essa intenção da paz para o dia a dia?
Dr. Harbans: Pela meditação (ou mentalização e oração) feita regularmente de 10 a 15 minutos diariamente em grupos (como sugestão para meditação veja Comece já!)

YPP: Como nossos sentimentos e pensamentos influenciam os acontecimentos da nossa vida?
Dr. Harbans: A meditação regular gera novas vibrações desejadas para um estado supraconsciente que determina nossa atitude, visão, paradigma e ação, conduzindo para autoclonagem transformadora quântica.

Dr. Harbans Arora é Ph.D em Física Quântica pela Universidade de Waterloo - Canadá e Pós-doutor pela Kernforschungsanalage – Alemanha, especializado em terapia quântica, organizador de um programa de meditação coletiva em Fortaleza e participará do Yoga pela Paz 2009.


Como anda a paz no Brasil?

A violência, assim como a paz, vem de dentro de cada um de nós.
Por Prem Baba


Vejo a cultura de paz se espalhando de forma bastante expressiva no Brasil, principalmente nesses dois últimos anos. É expressivo o aumento do número de pessoas que querem se aprofundar no estudo de si mesmo, compreendendo que os obstáculos para a realização da paz estão dentro, assim como a paz vem de dentro. Nosso ashram na Índia, na cidade de Rishikesh, recebe gente de todo o mundo, mas nesses dois últimos anos, fiquei surpreso com a quantidade de brasileiros que passaram por lá em busca de autoconhecimento e de aprimoramento no estudo e na prática do Yoga.
A aceitação do Yoga como uma filosofia de paz e bem-estar no Brasil acontece porque o Yoga, assim como alguns outros elementos do hinduísmo, é universal. Embora tenham chegado até nós através da tradição hindu, estes elementos pertencem a toda humanidade, são encontrados entre as tradições primitivas de muitos povos. Como a verdade que está além da forma, a inteligência que está além da mente pode captar a essência do que é transmitido, mesmo vindo de uma cultura tão diferente e distante quanto a indiana.

O problema
Sempre existiu violência no mundo, a diferença é que agora temos acesso à informação. A violência tem origem no esquecimento da nossa real natureza. Tudo aquilo que entendemos como maldade nesse mundo, são mecanismos de defesa criados contra choques de dor (abandono, rejeição, exclusão, humilhação). Assim, todo ato violento é um grito de socorro, é a única forma que a entidade humana em evolução encontra para pedir ajuda.
Quanto maior a violência, maior é a dor que uma pessoa carrega, maior é a sua inabilidade para lidar com a situação e maior o esquecimento de si mesmo. Isso se torna um círculo vicioso.
Se existe um agravante hoje em dia, diria que seria o consumismo exacerbado, que faz com que fiquemos encantados com o mundo exterior ao invés de buscarmos a paz dentro de nós mesmos.

A solução
A paz é possível quando nos libertamos da necessidade infantil de ser amado exclusivamente, que se manifesta na forma de querer que o outro faça do nosso jeito, na hora que queremos e como queremos. Pode ser de grande utilidade para a vivência da paz a experiência de deixarmos o outro livre, inclusive para não nos amar. Até porque amor forçado não é amor e porque aquilo que esperamos receber de fora (amor, reconhecimento ou a capacidade de realização) está dentro de nós.
A porta de acesso ao mundo interior, fonte de tudo de que necessitamos é a meditação.
A dica mais simples possível para quem quer começar a se aproximar da paz é parar por cinco minutos, quatro vezes ao dia e simplesmente ficar em silêncio observando o que se passa dentro de você. Ou algo um pouco mais desafiador: experimente deixar o outro ter a última palavra.
A sociedade é formada por indivíduos e somente mudando a si mesmo é que podemos influenciar o todo. Estamos condicionados a acreditar que a violência só acontece do lado de fora, no país vizinho e que são obras de assassinos, terroristas e pessoas de caráter duvidoso.
Não nos damos conta de que a indiferença com que tratamos nossos pares ou o jogo de acusações que fazemos para fugir da autoresponsabilidade em relação à nossa incapacidade de amar ou de ser feliz é a principal causa da violência no mundo. Somos sim cocriadores de tudo que acontece fora. A ideia de separação é só uma ilusão.
Assim, a paz começa dentro de nós mesmos. E pouco a pouco você poderá fazer paz com quem está perto de você, sua mulher, seus filhos e toda a sua constelação familiar, até que você deixe de se opor a quem quer que seja e aceite que cada um tem o seu destino. E se você não pode ajudar o outro a brilhar, ao menos não tente apagar a sua luz.

Prem Baba é um líder espiritual, espalha sua mensagem de paz por todo o mundo, é autor do livro "Acordando para a Paz, as Bases para a Construção de um Mundo sem Guerras" e participará do Yoga pela Paz 2009.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

Yoga o tempo todo

Técnicas para qualquer hora e qualquer lugar.
Por Andréa Palma e Madu Cabral

Algumas técnicas do Yoga podem sair dos tapetinhos e nos ajudar o dia inteiro. Posturas simples podem nos salvar das dores pelo corpo depois de um dia de trabalho. Os pranayamas (exercícios respiratórios) podem ser feitos em qualquer lugar, ajudam na acalmar e concentrar, aumentando o desempenho em qualquer atividade. Já a meditação tem diversos benefícios comprovados, é uma técnica eficaz contra o estresse, insônia e ansiedade, além de influenciar todos à sua volta. Experimente!

Halasana (postura do arado) pra alongar desde os pés até a cabeça, especialmente a lombar. Deite-se com a barriga para cima e, devagar, eleve as pernas como na postura da vela. Perceba se sente conforto no pescoço e, se tudo estiver bem, leve as pernas estendidas em direção ao chão, atrás da cabeça. Mantenha por 15 respirações. Esta postura é intensa para a cervical, não deve ser feita, sem acompanhamento, por iniciantes ou por praticantes com problemas nesta região.

Paschimottasana (postura da pinça) é quase que um descanso. Essa postura é calmante (assim como outras posturas de flexão do tronco) e alonga as costas e a parte posterior das coxas. Sente-se com as pernas estendidas a sua frente, os pés juntos e flexionados. Perceba se os ísquios estão em contato com o chão e se consegue manter a curva natural da lombar nesta postura. Se sentir essa região muito arredondada sente-se sobre um cobertor dobrado. Alongue a coluna como se fosse tocar o topo da cabeça no teto e, sem perder esse alongamento, comece a flexionar o tronco para frente. Lembre-se que o importante não é o QUANTO consegue descer o tronco e sim COMO consegue.

Baddhakonasana (postura entrelaçada do ângulo) para as pessoas mais controladoras que seguram tudo na virilha. Sente-se com os joelhos flexionados e as solas dos pés juntos. Alongue a coluna como se fosse tocar o topo da cabeça no teto e relaxe as virilhas, permitindo que os joelhos se aproximem do chão. Essa postura nos ensina muito sobre a entrega e a soltar a tensão da região da virilha.

Ujjayi pranayama (respiração vitoriosa) em todas as horas - no trânsito, em filas, trabalhando – respirar em ujjayi traz muita energia e vontade de viver. Essa respiração é feita com uma leve contração da glote que cria um som quando o ar passa pela garganta. Como se estivesse dizendo “ahhhhh” só que com a boca fechada, respirando apenas pelas narinas.

Meditação: Esta meditação simples Don Juan ensinou para Carlos Castaneda: meditar olhando para as árvores da cidade, do campo, das montanhas e olhar para os espaços vazios das árvores e não para as folhas, galhos, tronco e frutos. Experimente!

Andrea Palma é professora de Ashtanga Vinyasa Yoga e participará do Yoga pela Paz 2009.


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Néctar de Damasco

Por Rita Taraborelli



Cobrir uma xícara de damasco turco com água potável e hidratar por quatro horas. Bater no liquidificador com quatro copos de água (ou mais) gengibre a gosto, 2 cm de fava de baunilha e se quiser mais doce: mel. Bater bem, coar e servir. Se necessário coloque mais água.

Rita começou a assar biscoitinhos com seis anos de idade, quando ganhou um fogãozinho de verdade de seus pais. Hoje ela cozinha em eventos particulares, escreve, desenha, pinta, faz Yoga e adora viajar.
www.taraborelli.blogspot.com


Receita Sopa de Milho

Por Rita Taraborelli

Serve 6 amigos. Sugestão: Servir entre pessoas queridas.

Ingredientes:
- 7 espigas de milho verde
- 1 alho poró
- 1 rama de canela
- 1 pimenta dedo de moça
- óleo
- salsinha
- salt and pepper

Preparo:
Bata os grãos de milho com água no liquidificador e coe em uma peneira grande espremendo bem a polpa, volte a polpa no processador e coloque mais grãos e mais água, repita o processo até utilizar todo o milho. Reserve a polpa para um bolo, hambúrguer ou o que imaginar.

Refogue os temperos e acrescente o caldo do milho, deixe ferver, baixe o fogo e cozinhe até engrossar bem, acerte o sal e pimenta e quando pronto acrescente a salsinha picada. Caso fique muito espessa acrescente mais água e cozinhe mexendo bem.
Atenção: escolha milhos novos, quanto mais clarinho melhor! Não esqueça a sopa no fogo e saia fazendo coisas pela casa, pois o amido do milho gosta de atenção! Tende a grudar no fundo se não for bem mexido.

Surpresa de Funghi:
Faça uma mistura de cogumelos secos: funghi porcini italiano, shitake e orelha. Hidrate em água quente por alguns minutos. Refogue-os com alho poró, pimenta dedo de moça e alho, glaceie com o próprio liquido da hidratação (que agora virou um chá de cogumelo saborosíssimo) e um pouco de shoyu "macrô"*, deixe reduzir o líquido até encorpar, acertar o sal e finalizar com cebolinha picada.

Montagem:
Coloque a sopa em uma cumbuquinha e uma colher da surpresa no meio. Os cogumelos vão afundar e te confundir na hora de comer! Dependendo da colherada o sabor se funde!

*O shoyu macrobiótico não tem glutamato, por isso recomendo! Se você não liga, “taka” qualquer outra marca no preparo que funciona igual!

Rita começou a assar biscoitinhos com seis anos de idade, quando ganhou um fogãozinho de verdade de seus pais. Hoje ela cozinha em eventos particulares, escreve, desenha, pinta, faz Yoga e adora viajar.

www.taraborelli.blogspot.com


Comida de Yogi

Escute a tua música, prepare o teu prato e de mais um monte de gente.

Por Rita Taraborelli

Você sabia que, além do teu corpo sentir, ele fala sem você falar de verdade?

A fome, por exemplo, é como ele fala que quer comer e o sono é como ele fala que ele, o corpo inteiro, quer dormir.

Quando a gente começa a meditar com frequência é possível sentir ainda mais estas sensações na vida. Não estou falando nada sobrenatural ou de outro planeta, pelo contrário são movimentos e sensações comuns que muitas vezes passam despercebidos devido à enorme oferta de estímulo externo. São sensações como: calor, frio, pressão, coceira, tremor, ardor, leve, pesado, intenso...

Mas vamos aprofundar nas sensações do corpo que come. A comida fala? Não! Isto não acontece. O corpo fala? Sim. Portanto a comida não te escolhe e sim VOCÊ escolhe tua comida. Imagine um dia de calor, com muito sol e sem sombra. Os vasos do corpo se dilatam sutilmente e tua energia tem quedas devido ao excesso de calor e aridez. Neste momento meu corpo está dizendo exatamente o que ele precisa: água e alimentos frescos com muita água. O meu, por exemplo, pede uma melancia. A melancia em si representa toda a informação contida em seus nutrientes, átomos e moléculas. Ela não tem a função única de ser devorada, antes de tudo ela é uma expressão da natureza.

Agora, imagine entrar neste campo da cozinha intuitiva, onde teu corpo te dá dicas do que ele mais precisa em cada momento ou te indica o que deve cozinhar para uma estação ou um determinado tipo de pessoas. Não é fácil, pois não existem parâmetros e muito menos regras para que isto funcione, afinal, cada indivíduo é formado por um aglomerado de informações que ele mesmo colheu durante seu percurso de vida.
Aqui nestas receitas eu compartilho com você alguns destes resultados intuitivos. São receitas simples e fáceis de fazer para servir de inspiração para você!

Rita começou a assar biscoitinhos com seis anos de idade, quando ganhou um fogãozinho de verdade de seus pais. Hoje ela cozinha em eventos particulares, escreve, desenha, pinta, faz Yoga e adora viajar.

www.taraborelli.blogspot.com


sexta-feira, 19 de junho de 2009

A paz já está aqui

Yoga é paz interna, paz interna é Yoga, não existe dualidade.

Por Gustavo Ponce

Um dos principais objetivos da meditação é o autoconhecimento. Há mais de dois milênios Sócrates disse “Conhece-te a ti mesmo” e todas as pessoas sensíveis que buscam em seu interior, desde a antiguidade mais remota, utilizaram diversas técnicas para conseguir esse autoconhecimento e viverem mais felizes.

Uma dessas técnicas é a meditação e uma das formas de meditar é esvaziar os conteúdos da mente e alcançar um estado de “não-mente” para permitir que o verdadeiro Ser, o Eu interno, aflore.

Quando se está em paz consigo mesmo sente-se felicidade. Essa felicidade, assim como o riso, é contagiosa e toda a sociedade se beneficia de pessoas felizes.

A busca pelo autoconhecimento pode começar por exercícios simples que acalmam a mente, diminuem a velocidade com que os pensamentos fluem e abrem espaço para a paz.

Em qualquer lugar, sempre que precisar, tornar a respiração consciente e tranquila pode ajudar a equilibrar momentos de muita agitação, ansiedade e estresse.

Você pode experimentar o simples ato de respirar consciente e lentamente. Inspire o mais devagar possível, sem ter falta de ar, sempre pelas narinas, visualizando o ar entrando pelos dois lados e logo em seguida, sem reter a respiração, visualize o ar saindo lentamente pelas duas narinas. Faça esse exercício por dez minutos, contando quantas respirações é capaz de fazer sem que a mente perca a atenção no ato de respirar. Preste atenção na temperatura do ar tocando as narinas ao entrar, inspire o máximo de ar possível e expire completamente e adeus estresse!

A falta de consciência sobre a necessidade de paz (e de descansar, relaxar, parar de pensar bobeiras, dormir etc.) é uma das maiores causas das doenças chamadas psicossomáticas.


Cursos Relacionados:
Curso Intensivo de Especialização com Gustavo Ponce e Pedro Kupfer
Data: 03 a 15 de janeiro 2012
Local: Canal Om (Chile)

Curso Intensivo de Especialização em Sattva Yoga com Gustavo Ponce
Data: 14 a 26 de fevereiro 2012
Local: Canal Om (Chile) 


Gustavo Ponce é o criador do método Sattva Yoga, estuda e utiliza Yogaterapia, é a prova viva de que consciência pode levar à cura de qualquer doença e participará do Yoga pela Paz 2009 (ver agenda). Para mais informações consulte www.sattvayoga.cl


Yoga no dia a dia

O que aprendemos em nossas aulas de Yoga, o estado de paz, calma e atenção, pode (e deve) ser levado para fora de nossos tapetinhos.

Por Analu Matsubara

Fora do ambiente "antiderrapante" de nossos mats, geralmente estamos sujeitos a valetas e lombadas inesperadas. Em nossas práticas de Yoga separamos, entendemos e reordenamos nossos ossos, músculos e percepção dos sentidos.

O que aprendemos dentro das salas de aula pode ser usado no resto de nossas atividades. Essa busca por um constante estado de Yoga, além de facilitar nossas vidas, faz com que ajamos em acordo com nossa essência.

Exercite a presença no momento presente sempre. Isso pode ser feito pela simples prática de se perguntar com frequência: "O que estou realizando agora?".

Preste atenção em suas ações, na forma com elas são executadas e como seu corpo, sentimentos e pensamentos reagem àquilo que está fazendo nesse momento.

Desta forma você dá, aos poucos, mais significado às suas ações, torna-se mais consciente de suas falhas e tem mais chances de se autocorrigir. Também aproveita melhor cada momento da vida, sem perder os detalhes que dão cor e sabor ao nosso dia a dia.

www.iyengaryogasaopaulo.com.br


Yoga com Histórias

Por João Soares

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos. Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?" – Essa pergunta ganhou um concurso em um congresso sobre vida sustentável. Faça algo pelos seus filhos e pelo nosso planeta, brinque de Yoga!

O Yoga é uma filosofia que pode - e deve! - ser praticada por todos, inclusive pelas crianças, que serão beneficiadas em todos os sentidos.

Sabemos que os asanas (posturas do Yoga), além de atuarem diretamente no corpo físico, atuam também no corpo emocional e mental. Uma postura que dá força ao corpo ajuda a incorporar a mesma força na personalidade e ações dos pequenos praticantes.  Isso ajudará a criança a ser mais segura e confiante sem que, para isso, ela tenha que ser estimulada o tempo todo com excesso de disputa e competitividade.

A prática auxilia o desenvolvimento da concentração com exercícios que trazem a atenção ao corpo, à respiração e aos pensamentos, além de atuar sobre o hemisfério direito do cérebro, estimulando o lado artístico e um olhar mais holístico para a vida.

Essas qualidades contribuem para o crescimento de adultos mais equilibrados emocionalmente, mas não é tão fácil fazer os pequenos yogis se interessarem por essa filosofia ancestral. O aspecto fundamental do trabalho de Yoga com crianças é o constante apoio lúdico e o foco em vários aspectos desta rica filosofia e não só na prática de asanas. Isso, além de ajudar a dar mais sentido à prática, desenvolve inteligência corporal e emocional e ensina valores atemporais do Yoga conhecidos como os yamas e nyamas (ver link). Ajudar a criança na construção de valores é um dos fatores transformadores da sociedade em busca da paz e da felicidade.

Para que os pequenos entendam os princípios do Yoga podemos usar as histórias, que são formas mágicas de falar ao inconsciente das crianças, de brincar no reino do "era uma vez", onde tudo é possível. Nesse mundo a criança pode vivenciar seus medos e ousar, usando para isso a sua própria coragem escondida. Uma boa história trará sempre elementos fundamentais para o amadurecimento emocional da criança, e trará também princípios e valores para suas vidas.

Para acalmar os pequenos, e levá-los a um contato maior com o silêncio, podemos utilizar exercícios simples como a respiração da abelha, conhecida como bhramari. Nesse pranayama (exercício respiratório) as crianças devem fechar os ouvidos suavemente com os polegares e, de boca fechada, tentar fazer o zumbido de uma abelha (como se estivessem cantando o Om).
 
Esse som, que se reverbera na caixa craniana e estimula a glândula pineal, faz com que o cérebro que estava operando em ondas betas (ondas associadas à atividade acelerada, à agitação e ao estresse) passe a trabalhar em ondas alfas (relacionadas à concentração, calma e à facilidade de aprendizado). Esse é um ótimo exercício para acalmar os pequenos yogis como preparação para uma aula de Yoga, para estudar ou até meditar.

João Soares dá aula de Yoga com Histórias e já viu muita gente pequena virar adolescente legal com Yoga. (ver agenda).