Por Carolina Borghetti
Ilustração por Rita Taraborelli
Muitas pessoas acreditam não estar aptas à prática de Yoga. O maior mito que percebo quando converso com pessoas que desconhecem a prática é que elas são agitadas demais para sentar e ficar “zen”.
Yoga não se restringe aqueles que já alcançaram a paz de espírito (se é que algum de nós, ocidentais, já a alcançou), mas é o caminho para se chegar lá. O Yoga te induz a um total estado de atenção. Yoga é centrar-se no caminho, no presente, e não esperar o fim, a recompensa. Quando almejamos o futuro, ignoramos o presente, que é a única coisa que realmente existe.
Durante as aulas, o essencial é estar totalmente centrado à prática. Por nenhum momento devemos nos desconectar do fluxo de nossa respiração nem de nosso alinhamento corporal. Nossos pensamentos vão natural e automaticamente para outro lugar; e nosso único trabalho é trazê-los gentilmente de volta ao momento presente. E assim persistir, sempre.
A disciplina nos levará a aprofundar esse exercício, e esse exercício gradualmente irá se incorporar em nossa prática, primeiro sobre o “mat” e aos poucos em todos os aspectos práticos de nossos dias. Não acontece quando desejamos, mas acontece naturalmente. Permeia nossas crenças e nossas escolhas, nos leva a uma vida mais leve e saudável. Alimenta bons pensamentos. Diminui culpas e pensamentos prejudiciais. Estimula a vida.
Nós nos flagramos no carro com a coluna ereta; respirando antes de responder, avaliando sem julgar, nos autoconhecendo um pouco mais a cada instante.
Melhore sua concentração
Este exercício dura de 10 a 15 minutos e lhe garante um dia mais sereno e mais clareza em suas decisões.
Este exercício dura de 10 a 15 minutos e lhe garante um dia mais sereno e mais clareza em suas decisões.
1. Prepare um ambiente calmo, com o máximo de silêncio possível, arejado. Sente-se em uma postura confortável, pernas cruzadas de maneira que lhe permita o maior tempo sentado confortavelmente.
2. Passe a observar a sua respiração. Dedique-se a não perder nenhum movimento respiratório, mantenha-se atento a toda inspiração e toda expiração.
3. Quando a mente distrair-se, gentilmente, traga-a de volta à sua respiração. Tome consciência de onde a mente estava, perceba este pensamento e o sentimento por ele gerado, e desprenda-se dele. Deixe-o ir e volte para a sua respiração.
4. Permaneça assim pelo tempo suficiente até perceber que este exercício tornou-se simples e confortável.
5. Introduza então a visualização de um tubo de luz azul da garganta até a linha do períneo, ao longo da coluna vertebral. Passe a respirar então dentro deste tubo. Inspirando da linha do períneo até a garganta e expirando da garganta até a linha do períneo. Permaneça com essa visualização por 3 minutos, mais ou menos.
6. Então adicione o mantra so-ham (em sânscrito: eu sou isso). Mantendo a visualização do tubo e a condução da respiração, inspire entoando mentalmente o mantra so, expire entoando mentalmente o mantra ham. Permaneça assim por mais 3 minutos.
7. Desprenda-se do mantra. Desprenda-se da visualização do tubo. Mantenha-se conectado ao movimento respiratório. Leve a atenção para o ponto entre as sobrancelhas. Abra os olhos.
Carolina é psicóloga por formação, mas o coração a levou ao caminho do Yoga, onde encontrou as ferramentas que procurava na busca mais profunda por autoconhecimento. Há dez anos pratica, estuda e dedica-se ao Hatha Yoga. Suas aulas são personalizadas, voltadas às necessidades individuais.
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