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segunda-feira, 5 de abril de 2010

União dos Opostos

Por Madu Cabral

Os arquétipos do Yoga podem ser reconhecidos em situações do dia a dia e trabalhados na sua prática de asanas. A professora Lygia Lima, que dá aulas em São Paulo, explica como as representações de Shiva e Shakti aparecem e podem ser trabalhadas em nossas práticas de Yoga.

1. O que são Shiva e Shakti?
Shiva é a representação simbólica de nosso próprio estado de consciência. É também tudo que representa o masculino, como o lado direito do corpo, o calor, a razão. Shakti é o poder criativo, o que movimenta. É o oposto complementar de Shiva, a intuição.

2. Como esses conceitos se relacionam com a prática?
A prática equilibra essas duas energias e tudo começa no equilíbrio do processo respiratório. Ida e pingala (canais de energia sutil correspondentes às narinas esquerda e direita, respectivamente) devem trabalhar de forma ideal. Mas o aluno deve ter o interesse por esse equilíbrio, deve experimentar os exercícios e ter paciência para observar os resultados. O exercício de nadi sodhana (respiração polarizada) é um exemplo claro disso. A prática automática, sem consciência, não traz os mesmos benefícios. É preciso interesse pela investigação dessas ferramentas ancestrais, manter a plenitude no processo.

3. Onde podemos ver Shiva e Shakti na prática de asanas?
Na prática de asanas, Shakti está relacionada com o fluxo, com o movimento preenchido pela respiração completa. Ela é representada pela leveza e graciosidade dos asanas. Shiva é a consciência do que está sendo feito, o bom-senso em reconhecer os limites e as possibilidades de uma investigação com ahimsa (não-violência).

4. Qual o objetivo dessa prática?
O objetivo é o resgate de uma prática dentro da tradição do Hatha Yoga, com todos os elementos além do asana.

Lygia é praticante e estudante de Yoga, dá aulas de Vinyasa Flow em São Paulo e cursos por todo o Brasil. nacaoyoga.blogspot.com


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