Por Ceres Teixeira de Moura
Obesidade é um desequilíbrio orgânico caracterizado pelo acúmulo de gordura e o consequente aumento de peso, que predispõe o organismo a uma série de enfermidades cardiovasculares, hipertensão, diabetes tipo 2, osteoartrite, hepatite e alguns tipos de câncer, levando a uma menor expectativa de vida.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera a obesidade um dos dez principais problemas de saúde pública mundial. É uma epidemia que afeta 300 milhões de pessoas no mundo, sendo 17 milhões só no Brasil.
A Raiz do Problema
O excesso de peso é um desequilíbrio multifatorial, cujas principais causas são:
– Excesso de alimentação, que ocorre quando a ingestão é maior do que o gasto energético, causando acúmulo.
– Erro alimentar, devido a dietas de alto teor calórico, principalmente na forma de carboidratos e lipídios. O baixo teor de fibras também é um agravante que provoca retenção dos resíduos, levando à constipação crônica, hemorroidas, edema etc.
– Desequilíbrio hormonal, como aquele que ocorre no hipotireoidismo. Nesse caso, a glândula tireoide, responsável pela regulação do metabolismo orgânico, está hipoativa, o que deixa o metabolismo lento e, consequentemente, queima menos calorias.
– Sedentarismo, causado pela pouca ou nenhuma atividade física e, não-raro, muitas horas de sono.
– Problemas emocionais como ansiedade, depressão, baixa autoestima, perdas afetivas, insegurança, compulsão obsessiva. Tais estados de desequilíbrio levam a um consumo automático de carboidratos, principalmente na forma de açúcares simples, que produzem sensação temporária de calma e geram um ciclo vicioso.
– Predisposição genética. Pesquisas apontam que filhos de pais obesos têm maior propensão a desenvolver obesidade, principalmente quando essa genética interage com fatores ambientais. É bom lembrar que não podemos mudar nossos genes, mas podemos mudar nossos hábitos.
– Uso prolongado de alguns remédios esteróides, antidepressivos, anticoncepcionais e vitaminas.
O Perigo nos Hábitos
Desde a explosão da era industrial, vem ocorrendo em todo o mundo o fenômeno do êxodo rural. As massas se concentram nos centros urbanos e mudam radicalmente o estilo de vida. Populações antes dedicadas às atividades braçais se dedicam hoje às atividades burocráticas. Antes adeptas dos hábitos alimentares naturais se voltam hoje ao industrializado.
A vida moderna tem um ritmo acelerado, o que deixa as pessoas com pouco tempo para exercitar-se e alimentar-se corretamente. O sedentarismo impera em grande parte das ocupações profissionais urbanas, mantendo as pessoas horas sentadas em frente ao computador, em um ambiente com luz artificial, ar-condicionado, locomoção via esteiras rolantes, elevadores e carros. O sistema de “fast-food” também é uma triste realidade mundial que estimula o alto consumo de carboidratos e lipídios, na forma de carnes gordurosas, hambúrgueres, linguiças, frituras, excesso de ovos e laticínios, refrigerantes, cervejas e outras bebidas alcoólicas, doces, sorvetes e chocolates.
O elevado consumo de alimentos industrializados contendo corantes, acidulantes, antiumectantes, antioxidantes, conservantes, espessantes, gorduras hidrogenadas, excesso de sal, açúcar e farinhas refinadas, também contribui para a prevalência da obesidade.
Nas grandes cidades, as pessoas têm pouca ou nenhuma conexão com a natureza, o que gera respiração deficiente, mente hiperativa e estresse constante. Os hábitos de hoje distanciam as pessoas cada vez mais de suas essências e pequenas mudanças nesses hábitos podem fazer grande diferença no equilíbrio da saúde.
Ceres Moura é adepta do Yoga e vegetariana há 30 anos. Nutricionista , terapeuta ayurvédica e professora de formação de instrutores de Yoga.
http://www.lakshmi.com.br/
Olá blogueiro!
ResponderExcluirO número de pessoas com hipertensão no Brasil aumentou de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. A hipertensão é uma doença silenciosa e ataca todas as faixas etárias. Por isso, junte-se à campanha de combate e controle da hipertensão do Ministério da Saúde. Você pode ajudar na conscientização da população por meio do material de campanha que disponibilizamos para download. Caso se interesse, entre em contato com fernanda.scavacini@saude.gov.br
Obrigado!
Ministério da Saúde